Pés no chão.
Em 2014, os gastos com calçados
femininos no Brasil
foram maiores do que
os gastos com feijão, pão, leite,
legumes e verduras.
uuu
A temperatura média da superfície do
planeta
alcançou o seu ponto mais alto em 135
anos.
uuu
Cientistas denunciam os riscos
da terceira revolução nas armas de guerra.
Depois da pólvora e das armas nucleares,
armas capazes de escolherem os alvos,
por decisão própria.
blog do professor
paulo márcio
economia&arte
Coluna EMPRESA-CIDADÃ
Quarta-feira, 29 de julho de
2015
u Em
2014, os brasileiros despenderam cerca de R$ 22 bilhões em sapatos. Comparados
aos gastos com calçados femininos, os gastos com feijão representaram apenas
64%, com pão francês 67%, com legumes e verduras 78% e com leite de vaca 92%.
Casos de mercadorias em que os dispêndios foram maiores do que com calçados
femininos foram os realizados com arroz (10%) e com carne de frango (28%).
u Os gastos com
calçados femininos atingiram a cifra de R$12 bilhões, representando 55% do
total. Uma distância pequena em relação aos gastos com calçados masculinos, maior
em 20%, contrariando a suposição de muitos. São conclusões derivadas de estudo
realizado pela FecomércioSP (http://www.fecomercio.com.br/NoticiaArtigo/Artigo/13503), com base em informações da Pesquisa de
orçamentos familiares (POF), do IBGE.
u O estudo acrescenta
que a maior distância entre os gastos realizados em calçados femininos e
masculinos está na chamada classe “A”, responsável por 19% do total de gastos
em calçados femininos, apesar de representar apenas 4% do total da população.
Nesta classe de renda, os dispêndios em calçados masculinos representam 71% do
que se gasta com os femininos.
u Situada no polo
oposto, a classe “E” é a única em que se verificam gastos com calçados
masculinos em proporção maior do que com calçados femininos. Maiores em 4%, os
dispêndios masculinos são igualmente distribuídos entre tênis e outras
modalidades.
u Reunindo os gastos
das classes “A”, “B”, “C” e “D”, os dispêndios com tênis representam 60% do
total. Entre os calçados femininos, os tênis são objeto de cerca de 25% dos
gastos. O estudo sugere uma reflexão sobre o significado do que é essencial no
consumo de brasileiras e brasileiros.
O apelo de Musk,
Wozniak e Hawking
Centenas de pesquisadores assinaram carta
aberta pedindo a proibição de armas autônomas ofensivas, a inteligência
artificial aplicada na guerra. Divulgada na Conferência Internacional Conjunta
de Inteligência Artificial em Buenos Aires (Argentina), a carta traz as assinaturas
de nomes como os de Elon Musk, da Telsa, Steve Wozniak, um dos fundadores da
Apple, de Demis Hassabis, executivo-chefe do Google e de Stephen Hawking.
A carta refere-se inicialmente à
preocupação com armas IA, as que são capazes de tomar decisões autônomas sobre
os alvos, descritas como “a terceira revolução na guerra, depois de pólvora e
armas nucleares”.
Temperatura do planeta é a mais alta em
135 anos
Em 2014, os oceanos do mundo incharam, os
principais gases responsáveis pela formação do aquecimento global bateram
recordes e a temperatura da superfície do planeta atingiu seu ponto mais quente
em 135 anos. É o que consta do Relatório
sobre o Estado da Temperatura de 2014, estudo sobre temperatura,
precipitação e eventos climáticos ao redor do mundo.
Um total de 413 cientistas, de 58 países, conntribuíram
para o relatório, o 25º de uma série que se utiliza de dados reunidos por
estações de monitoramento ambiental e instrumentos em terra, água, gelo e no
espaço. O calor atingiu os oceanos e a atmosfera e os cientistas alertam que o
clima continua a mudar rapidamente em relação ao período pré-industrial. O
leste da América do Norte foi a única região do mundo que experimentou temperaturas
abaixo da média.
Tendências observadas nas últimas décadas
continuaram em 2014. O dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso,
principais gases do efeito estufa mais uma vez atingiram concentrações médias
recordes no ano.
A Europa teve o ano mais quente já registrado,
com cerca de duas dezenas de países batendo seus recordes de temperatura anteriores.
Muitos países na Ásia tiveram temperaturas entre as 10 mais quentes já
registradas. A África teve temperaturas acima da média em quase todo o
continente. A Austrália teve seu terceiro ano mais quente já registrado. Na
América Latina, o México teve o ano mais quente, enquanto Argentina e Uruguai
tiveram seu segundo ano mais quente. Mesmo que sejam adotadas medidas para
reduzir o uso dos combustíveis fósseis, a tendência não se reverteria logo,
consta do relatório.
O relatório completo foi publicado no Boletim da
Sociedade Meteorológica Americana. Os dados do estudo reforçam a importância de
que um acordo em nível global para a redução dos gases de efeito estufa seja alcançado
em dezembro, quando representantes de 196 países estarão reunidos em Paris,
para a conferência da ONU sobre mudanças do clima, a COP 21.
*Paulo Márcio
de Mello
Professor da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
A coluna
EMPRESA-CIDADÃ é publicada, desde 2001, toda quarta-feira,
no centenário
jornal Monitor Mercantil (www.monitormercantil.com.br).
São mais de 600
edições apresentando casos
de empreendedores e empresas,
pesquisas, resenhas, editais ou agenda, relativos à sustentabilidade,
à responsabilidade social, ao
desenvolvimento sustentável e aos Direitos Humanos.