quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Entre a Sérvia e a Tailândia
                                                            
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, de 0,730, é classificado como “alto”. Quando, no entanto, este IDH é decomposto entre IDH de brancos e IDH de pretos e pardos, dois brasis, bem diferentes, aparecem.
 
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 Quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
coluna EMPRESA-CIDADÃ
por Paulo Márcio de Mello*
 
u      O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, em 2013, atingiu 0,730. Com este IDH, o país ocupa a 85ª posição na classificação mundial. Desagregando-se o índice entre IDH dos brancos e IDH dos pretos e pardos, verifica-se que o IDH dos brancos estaria situado na 66ª posição na escala internacional, com 0,765.
 
u      Por outro lado, o IDH dos pretos e pardos, ficaria situado na 106ª posição no plano internacional, com 0,690. No primeiro caso, seria um índice próximo ao da Sérvia e, no segundo, próximo ao da Tailândia.
 
u      O estudo consta da edição de novembro de 2013, do boletim eletrônico Tempo em Curso, editado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (LAESER, www.laeser.ie.ufrj.br), do Instituto de Economia da UFRJ, coordenado pelo professor Marcelo Paixão.
 
u      A metodologia adotada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) classifica como baixo o IDH de países situados entre 0 e 0,535; médio, quando situados entre 0,536 e 0,710; alto, quando situados entre 0,711 e 0,799; e muito alto, se situados acima de 0,800.
 
u      Assim, o IDH do Brasil é classificado como alto, bem como o IDH da sua população branca, situado vinte posições acima da média nacional, enquanto o IDH da população de brasileiros pretos e pardos seria classificado como médio, dezessete posições abaixo da média.
 
u      Desde 1990, o IDH está presente nos relatórios de desenvolvimento humano do PNUD e, em 2010, teve a sua metodologia atualizada. É apurado a partir da média geométrica de três índices ajustados, correspondentes a aspectos de rendimento, de longevidade e de educação da população.
 
u      O Índice de rendimento é apurado com o emprego do logarítimo do PIB per capita, em dólares, conhecido como Paridade do Poder de Compra (PPC). Neste índice, o segmento representado pela população brasileira branca alcançou a cifra de 0,735 (alto). Pretos e pardos, por outro lado, obtiveram 0,645 (médio).
 
u      A diferença entre os resultados é explicada pela percepção do rendimento médio domiciliar per capita, em 2011, de R$1.162,64, pela população branca, enquanto a população preta e parda percebeu R$633,53. A média brasileira foi de R$891,42, correspondendo ao índice de 0,696.
 
O Índice de longevidade é apurado através da esperança de vida ao nascer. Em 2010, a esperança de vida ao nascer da população branca foi de 75 anos, gerando o índice de 0,865. Já a população preta e parda apresentou a esperança de vida ao nascer de 73,2 anos, determinando o índice de 0,836. No total da população, a esperança de vida ao nascer foi 74 anos, correspondente ao índice de 0,849.
 
u      O Índice de educação foi apurado a partir da escolaridade média da população acima de quinze anos de idade e da esperança de escolaridade, em 2011. A população branca apresentou 8,2 anos de escolaridade. Pretos e pardos apresentaram 6,4 anos de escolaridade. Para o conjunto da população residente, a escolaridade constatada foi de 7,3 anos.
 
u      O Índice de educação é complementado pela esperança de escolaridade, calculada pelo nível de matrículas da população em idade escolar, compreendida entre os 6 e 24 anos que, em 2011, para a população branca, foi de 13,7 anos de estudo e, para pretos e pardos, foi de 13,1 anos.
 
u      Assim, o Índice de educação, apurado através da média geométrica entre estes dois indicadores, para a população branca foi de 0,705 e para a população preta e parda foi de 0,609. Para o conjunto da população residente, o Índice de educação foi de 0,658.
 
u      Considerando os índices que formam o IDH, as maiores diferenças entre a população branca e a população preta e parda estão localizadas no Índice de educação (15,8%), seguido de rendimento (13,9%) e longevidade (3,4%).
 
u      O IDH é uma importante ferramenta de aferição do desenvolvimento humano, inspirada no conceito de graus de liberdade para o exercício da qualidade de vida, primeiramente apresentado pelo indiano Amartya Sen, considerando aspectos que podem compromete-la, como o nível de renda, o nível de educação e condições de saúde.
 
u      Uma fotografia das consequências que as diferenças de qualidade de vida podem acarretar entre os grupos sociais, pode ser vista na distribuição da massa de rendimentos recebidos pela população economicamente ativa (PEA), residente nas seis regiões metropolitanas mais populosas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre), em setembro de 2013.
 
u      Do total dos rendimentos, a população branca concentrou 65,5% (mesma parcela detida em setembro de 2012), correspondendo 40,2% aos homens brancos e 25,3% às mulheres brancas. A parcela dos rendimentos detidos pela população preta e parda foi de 32,8% do total, sendo 20,4% recebidos pelos homens e 12,4% pelas mulheres.
 
Paulo Márcio de Mello

Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

 

A coluna EMPRESA-CIDADÃ é publicada, desde 2001, toda quarta-feira,
no centenário jornal Monitor Mercantil (www.monitormercantil.com.br).
Através dela, são apresentados casos de empreendedores e empresas,
pesquisas, resenhas, editais ou agenda, relativos à responsabilidade social, à sustentabilidade e ao desenvolvimento sustentável.
Está disponível também no blog do professor paulo márcio - Arte&Economia,
acessível através do endereço http://pauloarteeconomia.blogspot.com


24 comentários:

  1. Priscila Santos da Silva15 de dezembro de 2013 às 16:02

    O índice de Desenvolvimento Humano do nosso país é considerado alto, em 2013 atingiu 0,730 . Mas o que muitos não sabem é q há uma segregação de IDH entre brancos e pretos . E como o texto mostra o IDH dos brancos brasileiros é maior que o IDH dos pretos brasileiros, isso resultaria em diferentes posições no plano internacional da qual o Brasil se encontra hoje. Esse índice é importante para avaliar a qualidade de vida dos países, ele considera aspectos que podem compromete - la , como o nível de renda , educação e condições de saúde. O que justifica a existência dessa diferença de IDH no Brasil é exatamente esses aspectos que são a ferramenta para construir o IDH . Logo conclui que esses aspectos estão relacionados e dependentes um do outro , pois, se por exemplo o preto tem menor acesso a educação, consequentemente terá menor rendimento e resultará numa menor longevidade em comparação com os brancos.

    Aluna: Priscila Santos da Silva

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  2. Rendimento, longevidade e educação. Estes 3 aspectos que são analisados no IDH de brancos, pretos e pardos nos mostram uma realidade cruel em pleno século XXI -segregação racial. Tais aspectos se inter-relacionam, onde a pouca educação dificulta a obtenção de um emprego de alto nível no mercado de trabalho, com bom salário, que por sua vez torna mais difícil deter um bom rendimento, o que implica em uma qualidade de vida baixa, comparada a daqueles que ganham melhor, e consequentemente, uma menor longevidade (ainda que a diferença entre brancos, pretos e pardos seja pequena). Além disso, o rendimento acaba muita vezes por inviabilizar uma educação de qualidade para a nova geração de uma família, que sofre o mesmo que seus pais e avós. Ainda que muitos insistam em dizer que não há racismo, os números mostram o contrário. As empresas, atualmente, buscam "depurar suas marcas", impõe uma ''ditadura branca'', algo absurdo em um país cuja minoria da população é composta de brancos. Através dos tempos, foi possível observar um menor distanciamento entre as ''raças'', no entanto, ainda estamos longe do ideal para um país que bate no peito e diz que não é racista.

    Marcelle de Oliveira Roumillac

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  3. Todos sabem que oportunidades são bem diferentes entre brancos e qualquer outra raça diferente dessa. Nos deparamos com uma realidade desigual que já começa no início da educação: negros e pardos estudam predominantemente em escolas públicas e brancos em escolas particulares. Em decorrência disso os negros e pardos estão sujeitos a grande influência do seu ambiente escolar: falta incentivo, falta estrutura, falta ensino de qualidade, falta a capacidade de mostrar ao aluno que ele tem direitos e que não só pode mas DEVE exigi-los como também deve exigir igualdade. Como consequência o indivíduo negro ou pardo se insere em um contexto muito desfavorável, que eu diria até mesmo desencorajador. Há preconceito, há pouca qualificação disponível, há poucas oportunidades.
    Existem outras questões envolvidas como por exemplo a renda, mas muitas vezes são consequências diretas e indiretas da educação oferecida, e como disse a Priscila b no comentário acima, é a partir dessa realidade que se constrói um IDH, e para os negros e pardos o resultado não poderia ser diferente: seu IDH estará abaixo do encontrado para brancos.
    Atualmente tentamos resolver esse problema social com a implementação de cotas. Particularmente acredito que isso não resolva o problema da maneira mais correta, mas já abre as portas para as minorias, o que querendo ou não, já é um primeiro passo. Porém, acredito que a medida mais efetiva para melhorar essa situação seja o investimento na educação pública: é necessário que se mostre à sociedade que existem oportunidades para todos independente da cor, e é necessário que haja uma garantia de que negros e pardos serão capacitados para ingressar em faculdades e garantir um futuro melhor, que só será possível através de um ensino decente.

    Ana Luísa Erthal

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  4. Acredito que todos têm a consciência que apesar de estarmos no século XXI, ainda há muito segregação entre brancos, negros e partos no Brasil. Entretanto nunca passou pela minha cabeça que esse preconceito levaria a alterações no IDH e achei muito interessante essa analise separada dos dados, pois assim é possível comprovar como os negros e pardos sāo afetados na nossa sociedade, quer seja pela educaçāo, longevidade ou pelo rendimento. Vale lembrar que esses 3 índices estão interligados, pois a maioria dos negros e pardos estudam em escolas publicas, onde hoje em dia, estão com um ensino precário, isso leva a uma má formação que ocasionará em uma dificuldade para encontrar algum emprego com um salário digno para se manter confortável. Com isso, as chances de uma expectativa de vida mais alta, diminuirá também. Lógico que dentre esses índices, em especial o rendimento, devemos levar em consideração também o preconceito de muitas empresas em admitir raças que nāo seja a branca. Sendo assim, é possível analisar que o governo precisa trabalhar muito ainda para que essa realidade seja desfeita. Precisa –se de ações que resolvam o problema a longo prazo e nāo como algumas já estabelecidas, exemplo cota para negros, que sāo responsáveis por alterações a curto prazo .
    Ass: Ana C.N.P de la Cal

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  5. No Brasil, a segregação racial ainda é muito presente e essa situação fica explícita na comparação do índice de desenvolvimento humano das pessoas brancas e negras. O negro que tinha o papel de servo na época da colonização demorou para se integrar na sociedade e os brancos ocupavam os melhores cargos. Esse fato, entre outros contribuíram para situação atual, uma situação de desigualdade. O governo tenta diminuir essa desigualdade como por exemplo, criando as cotas nas universidades pública, que na minha opinião só afirma que o Brasil ainda possui diferenças entre as classes, principalmente raciais. No entanto, quando o Brasil é analisado essas diferenças não aparecem, o IDH é considerado alto, uma realidade de poucos. Visto isso, o Brasil ainda precisar evoluir muito, de repente uma maneira de começar é aceitar que existe sim diferença entre brancos e negros, e esse fato não deve ser levado como preconceito, pois é algo histórico e os dados comprovam isso. Eu não quero um Brasil dividido, onde poucos tem acesso a uma boa educação, um bom atendimento na área da saúde, segurança, entre outros fatores, e para isso devemos conscientizar a população sobre esse problema e o governo providenciar medidas mais efetivas que acabem com essa situação e não como as cotas que só "mascaram" os problemas raciais.

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  6. No Brasil, infelizmente, ainda existe essa enorme discrepância entre populações de "cores" diferentes. Perceber que a média do país no IDH e o IDH dos brancos é considerado alto, é algo muito bom, porém, saber que o IDH dos negros é considerado médio, deixa a sensação de falta de investimento e interesse do governo e do povo em si, em se importar e se preocupar com o outro, sendo que este outro faz parte do conjunto.
    Quando paramos pra ver que em relação ao PIB de brancos e pretos/pardos também existe grande discrepância causada pelo rendimento médio de cada um, deveriamos ter vergonha deste país. Como pode, em pleo século XXI ainda existir diferença entre remuneração de brancos e negros/pardos que ocupem o mesmo cargo ?
    E ainda não podemos esquecer da questão da educação e também da longevidade... Perceber e constatar que a população negra/parda está sempre abaixo, e muitas vezes, muito abaixo, que a poupalação branca mostra o porque de tanta indignação do povo brasileiro que realmente se importa com o país. Como os governantes conseguem viver todos os dias sabendo que muito do motivo dessas discrepâncias é culpa deles mesmos que as vezes não se importam ou investem na melhoria de vida e igualdade entre raças ?
    É, fomos colonizados por Portugal, e mesmo que a escravidão tenha sido abolida, as diferenças, discriminações, discrepâncias entre o tratamento das classes permanece. Quando será que o Brasil realmente vai poder seguir o slogan de "igual pra todos" ?
    Só tendo muita esperança pra acreditar.

    Aluno, Vittor Stern Pereira de Melo

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  7. Qual seria o motivo para haver diferença entre IDH de brancos e negros ? Não somos " O país de todos" ? Essa questão é inaceitável, para um país em que a maioria da população é mestiça. Essa é mais uma prova das heranças deixadas pela escravidão em nosso país, pois apesar de ter se passado mais de 120 anos ainda vivemos as consequências deixadas por ela.
    A desigualdade social marcada pela diferença de raças é realidade, vista pela discrepância existente nos índices de rendimento, longevidade e educação entre brancos e negros e pardos explicitadas no texto.
    O índice da educação foi o que mais teve diferença entre as raças, penso que seja pela falta de oportunidade, pois estes indivíduos também possuem menor rendimento per capita.
    Mas isso não é novidade no Brasil, todos sabem e veem essas diferenças todos os dias ao ver um mendigo pelas ruas ou criminosos que são em maioria negros e pardos( o que contribui para que o preconceito racial aumente), daí parte o pressuposto de
    que por "necessidade" essas pessoas acabam se marginalizando ( é claro que isso não se explica, mesmo que por necessidade) pensando que é a unica maneira de "viver", entretanto na realidade só sobrevivem.
    O mais triste dessa realidade é que não se sabe se isso irá mudar algum dia, e se for, por onde começar já que esse fardo perdura a tanto tempo ?

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  8. Aluna: Leticia Magliano Armentano
    O Brasil é um país que ao longo dos anos vem conseguindo elevar o seu IDH, mostrando ser um país em pleno progresso.
    Porém, observando por outro ângulo, percebemos que o Brasil ainda convive com diversos problemas socioeconômicos, como por exemplo, a desigualdade social apresentada no texto.
    Considerando este fator, podemos observar a verdadeira necessidade de executar políticas públicas para diminuir as desigualdades sociais presentes em nosso país. Uma vez que, através dos dados apresentados pelo IDH estão categorizando o Brasil como um país capaz de garantir uma elevada qualidade de vida para toda a sua população.

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  9. De que adianta ter um IDH elevado, se as desigualdades sociais, raciais são gritantes? segundo o texto: as maiores diferenças entre a população branca e a população preta e parda estão localizadas no Índice de educação (15,8%), seguido de rendimento (13,9%) e longevidade (3,4%). Existem planejamentos políticos para disfarçar tais estatísticas, como bem citado acima pelos colegas a questão da cota, que ao meu ver só serve para enfatizar que existe sim uma enorme desigualdade entre brancos e negros, e que o Brasil necessita utilizar técnicas nas quais o que sempre foi discriminado possa se sentir "favorecido". Enfim, não é possível diminuir as desigualdades sociais se não existirem medidas públicas eficazes principalmente em educação e saúde, nas quais os negros e os pardos possam desfrutar das mesmas condições dos brancos. Devemos lutar pelos momentos em que brancos, negros e pardos se tornam unificados, por exemplo na copa, onde todos se tornam apenas Brasileiros, por políticas públicas se promovem a unificação de um povo e não uma segregação.

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  10. De acordo com dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o Brasil apresenta IDH de 0,699, valor considerado alto, e atualmente ocupa o 73° lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso.

    Diogo Fernandes Batista Dos Santos

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  11. Conseguimos então compreender a discrepância em relação ao IDH no Brasil. Refletindo sobre isso percebemos que não adianta utilizar o IDH como maneira de estipular o índice de desenvolvimento já que este é feito através de uma média, assim não apresenta a verdadeira realidade. Infelizmente os outros países nos colocam o esteriótipo de país das misturas de raças e por isso sem preconceito e como vimos no texto podemos perceber que se não houvesse preconceito não haveria esta diferença tão significante. Além do preconceito situações de falta de governância que possibilite condições escolares e de saúde melhores agravam esta situação, já que a população que mais necessita das unidades públicas ainda são principalmente pardos e negros.

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  12. O texto mostra a discrepância ente negros e brancos no Brasil, apresentando de forma clara as desigualdades socais e raciais nesse país, o que de certa forma não é novidade para ninguém. As oportunidades tanto de empregos como de acesso a educação de qualidade são divergentes no Brasil, que é visto muitas vezes como um país miscigenado e que deveria ser um "País de Todos", e sabemos que na realidade e na prática não é assim. Percebe-se então que o IDH em geral não mostra a realidade de nosso país, já que ele não pode ser analisado como um todo devido a exacerbada desigualdade.

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  13. É evidente que o Brasil é um país segregado. Pode não ser oficialmente segregado, mas na prática essa segregação torna-se notável. Nas estatísticas de educação, por exemplo, a população parda e negra possuem menor acesso, ou de violência onde os negros e pardos são os mais afetados. Segregação está que afeta nitidamente o IDH de um país que diz ser miscigenado. Logo, cabe a nós brasileiros lutar para derrubar essa divisão entre negros e brancos, exigindo de nossos governantes o que eles levantam na mídia, como qualidade de educação, saúde e segurança igualmente à todos.

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  14. De acordo com o estudo pode-se perceber que o desenvolvimento da população branca é maior do que da população preta e parda.
    Há tempos a população preta e parda ocupam um subgrupo, vivendo às margens da sociedade e preenchem empregos com salários inferiores. Isto deve-se à educação de baixa qualidade que não proporciona base de conhecimento para que esta população seja capacitada e habilitada para cargos com bons salários, pois estas exigem, geralmente, de um bom vocabulário, domínio de no mínimo uma língua estrangeira, cursos técnicos e ensino superior. Obviamente estas qualificações não são de fácil acesso a uma população que ganha o suficiente apenas para sustentar a si e sua família, e arcar com as despesas básicas.
    Para essa população que comumente é marginalizada à sociedade, não são oferecidos recursos para que essa realidade seja contornada.
    Países desenvolvidos investem prioritariamente na educação e saúde, por isso possuem mão-de-obra qualificada, IDH alto, maior longevidade, enquanto o Brasil investiu por muito tempo de forma fraca no que deveria ser prioridade. Sem educação e saúde o desenvolvimento é lento. Este atraso foi condicionado pelo fato de que enquanto os países hoje desenvolvidos investiam na educação, o Brasil passava pelo período da Ditadura Militar, período qual deixou débitos para o país e impactos que perduram até hoje.
    É preciso correr contra o tempo e investir com seriedade na educação do país. Mas no país como um todo, pois por diversas vezes zonas suburbanas e rurais são esquecidas e justamente estas áreas são as que correspondem ao baixo índice de desenvolvimento humano.

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  15. Está claro para nós brasileiros que há e sempre houve uma segregação de etnias no país, pessoas brancas tem mais oportunidades, melhor acesso à saúde, educação, empregos e melhores condições. Por uma herança histórica, um país como o Brasil que é totalmente miscigenado, é altamente preconceituoso o que é uma contradição à forma que deveríamos nos comportar em relação à essa realidade. Não é só numa esfera governamental que essa segregação ocorre, podemos dizer que em todas as classes há essa separação, existem até mesmo, por mais absurdo que seja, negros que tem preconceitos com negros. Tantas diferenças de tratamento acabam tendo por consequência essa diferença que vimos no texto, onde brancos tem uma melhor condição de vida que negros. Particularmente isso é uma vergonha para o país.

    Por: Luciane Diniz de Lima

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  16. Refletindo a partir do texto, mais uma vez chego a conclusão de que o brasil continua sendo o país de contrastes. Em um mesmo IDH há detalhadamente dois IDH distintos: um classificado como alto e outro classificado como médio. Essa oposição que é ocultada em um "falso" IDH exposto decorre mais uma vez da desigualdade tão presente em nossa sociedade. Em todos os índices que compõe o IDH (longevidade, renda e escolaridade), os brancos apresentam índices maiores e melhores do que os pardos e negros. Isso demonstra claramente como ainda persiste as diferenças. Os brancos continuam tendo melhor acesso a educação, a saúde do que os negros e pardos. Sem contar na renda que ainda continua muito concentrada nos brancos. É muito triste ver que ainda em pleno século XXI persiste essa grande disparidade socioeconômica entre brancos e negros. Até quando isso vai continuar? Até quando vamos ter um "falso" IDH exposto iludindo a população?

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  17. O Brasil conseguiu elevar o seu IDH,estão associados a este avanço fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização. Entretanto, existem grandes desproporções sociais e econômicas no Brasil. As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país apresenta realidades distintas em seu território, o que torna irônica classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano. Sem falar em um IDH para brancos alto e para negros e pardos baixo. Existe desigualdade social, as pessoas pobres que na maioria são negros e pardos não possui acesso ao ensino de qualidade, emprego com renda melhor. Falta investimento do governo em educação, porém os políticos não querem que a população adquira conhecimento. Para não formar cidadães conscientes dos seus direitos e os reivindique.

    Gisele S. de souza

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  18. mariana marinho mendes cortes27 de janeiro de 2014 às 07:39

    O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são:Grau de Escolaridade,renda,nível de saúde.
    o Brasil apresenta IDH de valor considerado alto,e a cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso
    No entanto, existem grandes disparidades sociais e econômicas no Brasil. As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país apresenta realidades distintas em seu território, o que torna irônica classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano.
    As regiões Sul e Sudeste são as que possuem melhores Índices de Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste possui as piores posições. Nesse sentido, torna-se necessária a realização de políticas públicas para minimizar as diferenças sociais existentes na nação brasileira.
    Mas além dessas disparidades entre as regiões do Brasil em relação ao IDH,há ainda controvérsias no IDH entre brancos,negros e pardos,ratificando esse longo,conturbado e doloroso processo apartheid.Não somente um apartheid racial,mas sim há um apartheid social,pois não há somente negros e pardos pobres,mas há brancos pobres também,sim a maioria dos pobres são negros e pardos mas há uma parcela de brancos pobres também,nem todos os brancos são ricos e nem todos os negros são pobres.
    Nos últimos dez anos, o Índice de Desenvolvimento Humano dos negros vem subindo mais rapidamente,como diz estudo da UFRJ,os IDHs tanto de brancos quanto de negros, cresceram, ainda que em ritmos diferenciados, reduzindo a margem entre os grupos.Nesse intervalo de dez anos, o IDH do grupo branco, no Brasil, cresceu 4,8% e o dos negros, 10,7%.


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  19. Devido as diferenças de tratamento entre as etnias, toda a população branca do país tem mais oportunidades de serem bem sucedidas e também de ter melhor acesso as áreas de educação, trabalho, saúde entre outros. Já no caso dos negros, o comportamento da população, não só brasileira como muitas outras, tendem a ser altamente preconceituosas, podemos tirar como prova disso a alta mortalidade dos negros e a dificuldade de arrumar uma oportunidade em busca de uma melhor condição de vida.

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  20. O Brasil é um país único quando se trata das etnias. desde o tempo da colonização, os negros sofreram na escravidão e até hoje sentem marcas desse período. Carregam uma herança de preconceito, inferioridade devido ao minimo intelecto de algumas pessoas. Acontece que o Brasil não pode ser visto apenas de um lado, existe muita diferença social no nosso país, e mesmo assim o IDH do branco e do preto estão em crescimento, evidentemente que o do branco cresce em maior quantidade. o IDH mesmo aparecendo alto, ainda tem muita injustiça, e esse número serve apenas para poucos. por essa situação o governo surge com cotas para negros na universidade que é bastante contraditório e um debate a parte. Entre essas coisas , o Brasil tem muito que melhorar nas situações da saúde e principalmente na educação, afinal, a educação é o primeiro passo para melhorar alguma coisa.

    Orlando Carvalho de S.B Filho

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  21. No Brasil, os negros começaram atrasados na sociedade capitalista como também com desvantagens como preconceitos em vários aspectos dificultando ainda mais o crescimento deles, o resultado disso é mostrado nesse texto, onde divide o Brasil em 2 e mostra-se o IDH de brancos e negros. O governo precisa tomar medidas que auxiliem os negros a ascender de classe social, como melhoria em sua educação.

    Eduardo Sanches Prado

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  22. Aluna: Kicilla de Araújo Zanirati.
    O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são: Grau de escolaridade; renda e nível de saúde.
    De acordo com o texto, podemos observar que há uma discrepância muito grande entre os dados da população branca com a população negra, parda e outros. Isso descreve como a segregação racial está acentuada no Brasil. Como rota alternativa de diminuir essa diferença podemos comentar nos dias atuais que o governo brasileiro tem investido pesado em diversos projetos voltados para as áreas de carência, entre eles podemos citar: bolsa família, FIES, sistema de cotas, minha casa minha vida, UPA 24h e outros. Com o decorrer do tempo, conseguiremos observar os efeitos dessas medidas nos IDHs medidos para os próximos anos. Assim, todos poderão desfrutar de coisas que anteriormente era de difícil acesso para uma parcela da população.

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  23. O Brasil pode ter atingido o IDH de 0,730, porém esse número não é alto quando examinamos mais a fundo a situação do país. No texto é dito que há uma diferença entre o IDH dos brancos e o IDH dos negros e pardos. E não deixa de ser verdade, pois com a segregação racial vivida na realidade do nosso país. Negros e pardos, na maioria das vezes, não têm as mesmas oportunidades que os brancos. Tendo menos oportunidades, como bom estudo, não conseguem um bom emprego onde podem crescer, ou pelo próprio fato de falta de conhecimento que pode levar à uma menor qualidade de vida e expectativa de vida baixa. Dentro de toda a grande extensão do território brasileiro se encontra diversas realidades, onde para uns a qualidade de vida é altíssima, e para outros não se tem nem o mínimo dos direitos básicos de sobrevivência.

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  24. Um problema comum na discussão econômica é a falta da compreensão dos critérios estatísticos e probabilísticos. As pessoas reduzem toda a discussão de desenvolvimento humano a um número que serve para elencar os países. Como toda metodologia, o cálculo do IDH gera diversas distorções, sendo que uma delas é a tendência a observarmos um ponto médio do desenvolvimento social sem levar em conta a variância dessa amostra. Para calcular a desigualdade entre a parte mais rica e a mais pobra da sociedade existe o índice de GINI, do qual o Brasil chegou a ser vice campeão e nos últimos anos subiu algumas.

    A classe operária tem uma história em nosso país e sua formação tem uma de suas raízes na escravidão colonial. Essa peculiaridade, ainda não totalmente superada, explica porque os brasileiros negros se concentram nas posições mais desfavorecidas da hierarquia social. Políticas públicas como as cotas são importantes armas para mudar essa realidade ao levantarem a discussão, mas essa disucssão deve ser profunda e repensar a estrutura do Brasil.

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