A anti-economista
Duas
matérias publicadas sobre a futurista Hazel Henderson
revelam,
a primeira, como as mulheres são desconsideradas
na
economia do amor e como indicadores,
a exemplo do PIB, são mentirosos.
Na
segunda, ela fala sobre os economistas, sobre os quais disse uma vez:
“Economistas?
Não discuta com eles. Contrate-os...”
blog do professor paulo márcio
economia&arte
Economista solidária
Há
mais de três décadas, as ideias revolucionárias de Hazel Henderson inquietam economistas e políticos. Conheça a
história da autodidata que se tornou uma voz planetária da economia
sustentável.
“A mulher que
mostrou ao mundo o que está errado na economia”. Em entrevista à GINGKO, Hazel
Henderson revelou ser assim que gostaria que o neto a recordasse.
Considerada
por muitos ícone da sustentabilidade, futurista ou anti-economista, Hazel
explica com clareza a sua abordagem ao mundo que tem de se desvendar: “Prefiro
ser acupunturista global, pois identifico os pontos nevrálgicos dos sistemas
econômicos, indicando a cura para os seus efeitos nefastos”. Desafiando os
paradigmas mais tradicionais, defende há mais de três décadas uma visão
revolucionária, muitas vezes incômoda, da economia.
“Não
estávamos preparados para os ensinamentos de Hazel nas décadas de 70 e 80. Mas
não faz mal porque, do futuro de onde veio, ela já estava à espera. Por isso,
quase octogenária, continua com um espírito vivaz como uma criança que se
encanta com as vicissitudes do mundo, sem medo e com alegria contagiante”,
afirmou à GINGKO Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, referência
brasileira no setor da consultoria em sustentabilidade empresarial.
Ativista
autodidata, Hazel Henderson nasceu perto do mar, na cidade inglesa de Bristol,
há 76 anos. Com um pai austero e difícil e uma mãe doce e generosa, resolveu
construir sozinha o seu caminho. Em vez da esperada licenciatura, Hazel
abandonou os estudos e a casa dos pais e foi morar com a irmã. Queria aprender,
mas não numa sala de aula. Por isso fez de tudo um pouco. Foi vendedora,
recepcionista de hotel e empregada num clube de golfe.
“Desde muito
cedo percebi que não era empregável e por isso tive de me inventar”, diz com
graça. Autodidata e influenciada pelo gosto da mãe, sempre adorou ler. Devorava
livros. Nas bibliotecas escolhia os que mais lhe interessavam e correspondia-se
por carta com os autores, colocando-lhes as mais variadas questões. Hazel
reconhece: “Tive os melhores professores possíveis. Eram os próprios
escritores!”.
Depois de uma
passagem pelas Bermudas, o casamento fixou-a em Nova Iorque, onde a maternidade
passou a ocupá-la em exclusivo. No entanto, contra todas as expectativas, em
meados dos anos 60 tornou-se numa empenhada ativista ambiental. A fuligem que
encontrava diariamente na roupa e no corpo da filha alertou-a para a poluição
da cidade, o que a levou a criar o movimento Citizens for Clean Air, que em
poucas semanas atraiu cerca de 20 mil pessoas.
“Foi a
licenciatura mais rápida que se pode imaginar! Num curtíssimo espaço de tempo
aprendi noções ambientais e de biologia, descobri como organizar campanhas de
sensibilização e percebi como funcionam as multinacionais e o governo local”,
reconhece Hazel. Foi sempre entre os líderes políticos e empresariais que sentiu
mais dificuldades em ser aceita. “Você é simpática, mas não percebe nada de
economia”, respondiam-lhe com frequência. Uma provocação que lhe serviu de
inspiração para muitos anos de estudo, em que economia e ecologia se tornaram
inseparáveis.
Economia do amor
Hazel
Henderson lembra-se do que despertou o seu desejo de mudar o mundo: “Ver que o
trabalho das mulheres era desvalorizado, o que tornava a sociedade menos justa
e a economia desequilibrada”. O seu novo olhar para a economia de um país foi
influenciado por esta constatação e assemelha-se, como ela própria diz, a “um
bolo de três camadas com cobertura”. A cobertura é o setor privado,
empreendedor e criativo, apoiado na camada representada pelo setor público,
sustentado pelos impostos e incluindo todas as infra-estruturas e bens coletivos.
A visão tradicional considera que a soma destes dois níveis mostra a riqueza de
um país.
Hazel defende
que existem neste bolo mais duas camadas essenciais, que estão fora da visão
dos economistas. Uma delas é a chamada economia do amor, onde está todo o
trabalho não remunerado, movido pela cooperação e solidariedade, como o
voluntariado, serviços domésticos, educação dos filhos ou assistência aos
idosos. Segundo Hazel, esta economia do amor representa cerca de 50% de todo o
trabalho produtivo realizado em qualquer sociedade, chegando mesmo a 65% em
países em desenvolvimento.
A segunda
camada é ocupada pela economia da natureza, com todo o potencial dos seus
recursos naturais. Hazel defende, há 30 anos, que é preciso considerar estas
duas últimas camadas para a avaliação da riqueza e progresso de um país. Basear
as decisões políticas em indicadores econômicos que apenas consideram o topo do
bolo é, para ela, limitador. “É ridículo medirmos o progresso de um país apenas
pelo PIB. É como tripular um Boeing 747 tendo no painel de instrumentos apenas
o indicador da pressão do óleo”.
Além do PIB
O
ambientalista norte-americano Bill McKibben, no seu best-seller Deep Economy,
escreveu: “Até há pouco tempo, ideias como felicidade ou qualidade de vida eram
o gênero de conceitos que os economistas colocavam de parte, como irrelevâncias
poéticas vindas de pessoas sem jeito para a matemática”. Hazel sempre se
orgulhou de ser uma delas. E embora achasse que o seu trabalho só começaria a
fazer sentido para as pessoas muito tempo depois da sua morte, a realidade é
que os seus alertas, lançados já nos anos 70, começam agora a ter eco oficial.
No início de
2008, o governo francês criou a Comissão Stiglitz com o objetivo de identificar
os limites do PIB como indicador de desenvolvimento econômico e progresso
social, e de propor alternativas estatísticas. Numa comunicação de Setembro
passado, o comissário europeu para o ambiente, Stavros Dimas, reconheceu: “Para
mudarmos o mundo temos de alterar a forma como o conhecemos e o percebemos, e
para isso precisamos ir além do PIB (www.beyond-gdp.eu)”.
Antecipando
este cenário, Hazel Henderson co-criou, em 2000, os Indicadores de Qualidade de
Vida Calvert-Henderson, que avaliam ativos ecológicos, sociais e culturais de
um país, como educação, energia, emprego, saúde, ambiente, direitos humanos e
segurança pública (www.calvert-henderson.com).
Trajetória incomum
A energia que
colocou nas primeiras iniciativas como ativista ambiental manteve-se ao longo
do percurso. Hazel foi uma dona de casa que se transformou, quatro décadas mais
tarde, numa voz planetária da economia sustentável.
Autora de
oitos livros, traduzidos para dez línguas, publica artigos em mais de 250
jornais e revistas, como a Harvard Business Review, The New York Times e Le
Monde Diplomatique. Tem sido membro do conselho consultivo de prestigiadas
organizações sociais e ambientais, como o Worldwatch Institute e o Social
Investment Forum. Membro honorário do Clube de Roma, foi também consultora do
U.S. Office of Technology Assessment e da National Science Foundation. Sem
certificados acadêmicos formais, é Doutora Honoris Causa pelas universidades de
Tóquio, São Francisco e Massachusetts. Da sua extensa lista de prêmios
destaca-se o Global Citizen Award, que partilhou em 1996 com o Nobel da Paz A.
Perez Esquivel. Trajeto que inspira os que se cruzam com ela.
“Hazel é
imbatível na lucidez do seu diagnóstico, admirável na agudeza com que desnuda o
status quo, e estimulante na eficácia das suas propostas inovadoras. Conviver
com ela é entrar para um universo ainda invisível aos olhos da grande maioria,
mas fundamental para o amanhã de todos nós” – este o retrato feito a seu
respeito por Christina Carvalho Pinto, líder da plataforma Mercado Ético para a
América Latina, atual projeto de Hazel Henderson.
Naturalizada
norte-americana, Hazel vive em St. Augustine (Florida), a mais antiga
comunidade européia nos Estados Unidos. Continua a opor-se ao consumismo
desenfreado e ao endeusamento do dinheiro, defendendo uma economia solidária com
as pessoas e com a natureza.
Uma nova
ciência da vida, com que é resgatada a função original do mercado: pura troca
de produtos e serviços a nível local, agora com a preciosa ajuda da internet.
Para mostrar ao mundo que as suas ideias não são utopias, criou em 2005 a
plataforma multimédia Ethical Markets, uma das maiores e mais completas do
mundo dedicada à sustentabilidade. Os conteúdos chegam a mais de 80 milhões de
pessoas, através da televisão, internet, livros, vídeos e organização de
workshops.
“É uma mostra
de histórias reais inspiradoras de lideranças empresariais que incorporam os
novos valores que transcendem a economia, redefinem o conceito de riqueza e
promovem o crescimento através do respeito pelo ser humano e pelo ambiente”,
descreve Hazel. Um programa que corporiza a sua antiga paixão de dar voz a
projetos em que todos ganham. Otimista por natureza, trabalhando tantas vezes
no limiar do quase impossível, Hazel Henderson nunca se desencorajou e, como
confidenciou à GINGKO, continua a acreditar. “As mudanças necessárias para o
mundo são geracionais, e sei que não as conseguiremos alcançar durante o meu
tempo de vida. Mas sei que seremos capazes”.
Por Ana Sofia Rodrigues, publicado na revista GINGKO.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Fantasias de economistas, pesadelos do planeta
Hazel Henderson*
St. Augustine, Estados Unidos, julho/2013 , (IPS)
Há pouco participei de um debate sobre a negociação
de alta frequência e ouvi os mesmos e conhecidos argumentos de que contribui
para a liquidez e a determinação de preços nos mercados.
Estas afirmações sobre liquidez são difíceis de
justificar depois do flash crash de 6 de maio de 2010, quando a falsa liquidez
das negociações de alta frequência desapareceu, num momento em que eram
necessárias, e as tradicionais obrigações dos formadores de mercado estavam
ausentes.
A negociação de alta frequência implica intenso uso
de ferramentas tecnológicas sofisticadas para obter informação do mercado
financeiro e, em função da mesma, o intercâmbio de valores como ativos ou
opções.
A determinação de preços é uma função dos graus de
informação e conhecimento dos atores do mercado e do próprio mercado (tanto
físico quanto eletrônico) no qual operam.
Os operadores de negociações de alta frequência
contribuem pouco, e o modelo marker-taker que empregam - um desconto por
transação aos formadores de mercado que asseguram liquidez e uma comissão por
transação aos clientes que tomam liquidez do mercado - junto com os mercados
eletrônicos de hoje, distorcem a fixação de preços de vários modos, mediante
estratégias de colocação e "latência" (por exemplo, a velocidade de
seus computadores), que são uma forma de investimento oportunista.
Na maioria dos mercados mundiais de hoje, a
determinação de preços não sabe de fronteiras planetárias nem dos
descobrimentos via satélites que mostram como funciona a Terra em relação à
chuva diária de fótons de nosso Sol.
A maioria dos mercados e seus jogadores não
entendem que a vida sobre a Terra depende dessa chuva de fótons e de como as
plantas verdes os aproveitam, por meio da fotossíntese, para criar os alimentos
que os seres humanos consomem.
A fixação de preços é uma atividade humana que
depende não só de nossos níveis de conhecimento como também de nossos
condicionamentos culturais e nosso comportamento de manada, tudo isto
amplamente estudado por psicólogos, antropólogos, neurocientistas e
endocrinologistas.
Na verdade, são muitos os que estudam hoje os
corretores da bolsa como uma população clínica, e revelam até que ponto sua
conduta está controlada por suas funções hormonais, como descreveu John Coates
em seu livro The Hour Between Dog and Wolf (A Hora Entre o Cão e o Lobo, 2012).
Coates descreve que os jogos de azar e o uso
excessivo da alavancagem financeira estão governados por um excesso de
testosterona e induzem a multiplicar os riscos, como ocorreu a Jon Corzine ao
desaparecer o MF Global. Coates mostra que as quedas do mercado de valores
disparam o pânico quando o hormônio cortisol se torna dominante e o corretor da
bolsa fica como um veado alucinado.
Esses processos hormonais causam diarreia e
corridas ao banheiro para vomitar. Scott Patterson, em seu livro Dark Pools,
relata que os corretores de bolsa que se dedicam aos negócios de alta
frequência bebem menos líquidos para não terem que urinar, e alguns, inclusive,
têm baldes junto ao computador caso precisem vomitar.
Uma atividade tão antiga como o ser humano pode
tornar-se uma obsessão e um vício semelhante ao dos jogos de azar.
A determinação de preços que estes corretores dos
mercados globais de hoje operam é claramente pouco confiável.
Então, devemos considerar a onipresença de
externalidades, como os US$ 500 bilhões de subsídios anuais aos combustíveis
fósseis, bem como milhares de outros subsídios, lacunas e falta de
regulamentação na maioria dos setores industriais. Tudo isso distorce ainda
mais os preços.
Por isso as afirmações de que a economia é uma
ciência são absurdas, e por isso o advogado Peter Nobel e outros membros de sua
ilustre família repudiam o fato de o Banco da Suécia entregar o Prêmio em
Ciências Econômicas "em memória de Alfred Nobel".
A economia é deficiente não só nestes aspectos de
comportamento, mas em suas pretensões de precisão matemática e em suas muitas
ilusões devidas à abstração.
Com assinalei em The Politics of the Solar Age (A
Política da Era Solar, 1981, 1988), o interesse complexo é uma fantasia das
matemáticas, aplicada à sociedade por poderosos interesses financeiros, como
nas políticas "de austeridade".
A economia tampouco admite as leis da
termodinâmica, desde que a profissão proclamou, há um século, sua rejeição ao
químico Frederick Soddy, que propôs que o Sol era a fonte de toda a vida. A
crítica a Soddy foi republicada em 2012 em Cartesian Economics (Economia
Cartesiana, Cosimo Books).
E poderia continuar. A economia é uma profissão
útil, como a contabilidade, para nos ajudar a assentar transações e manejar
livros e balanços. A macroeconomia se tornou uma aberração ao pretender uma
precisão matemática e uma ilusão de equilíbrio geral em sociedades vivas, dinâmicas
e em evolução.
Os seres humanos se negam a se comportar como bolas
de golfe, mas os governos, a academia e os atores do mercado ainda se baseiam
nestes modelos de equilíbrio geral.
As fantasias dos economistas Kenneth Arrow e Gerard
Debreu sobre o "mercado completo" se converteram nos pesadelos da
negociação de alta frequência, nas crises financeiras recorrentes e no
fechamento das terras tradicionais dos povos indígenas.
Agora, o fundamentalismo do mercado ameaça liquidar
os últimos vestígios de florestas virgens do planeta e causar novas extinções
de espécies em habitat cada vez mais reduzidos.
Isto me faz recordar o senador Robert Kennedy,
quando dizia que o produto interno bruto mede tudo, menos o que nos orgulha de
sermos norte-americanos, e as famosas palavras de Oscar Wilde: podemos
"conhecer o preço de tudo e o valor de nada".
Publicado em Envolverde / Inter Press Service – IPS [http://ips.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=9680]
*Hazel Henderson é presidente do Ethical Markets
Media (Estados Unidos e Brasil) e criadora do Green Transition Scoreboard
(FIN/2013).
É interesante parar para analisar que o comportamento humano atual voltado para o consumo e enriquecimento prejudica também quem está no topo da pirâmide. Pois eles precisam como todos nós, respirar, beber água e interagir quimicamente com uma natureza altamente complexa que não pode ser reproduzida em laboratório ou submetida a um aluguel.
ResponderExcluirGrande exemplo! A frase dela: “Prefiro ser acupunturista global, pois identifico os pontos nevrálgicos dos sistemas econômicos, indicando a cura para os seus efeitos nefastos” diz tudo. Os economistas tem uma grande chance em mãos de mudar os rumos dessa história mal-escrita. Espero que aproveitem e tenham cada vez mais espaço para atuar dessa forma.
ResponderExcluirÉ uma historia completamente diferente as outras, como uma mulher tem progressão nela sua vida e tem logrado os conhecimentos necessários como os outros homens preparados. Nós oferece uma distinta perspectiva de como a economia é baseada em três níveis que involucram setor publico, privado e tudo o que não é remunerado, que representa 50% de as atividades
ResponderExcluirMuito interessante! Além de ter uma visão diferente da economia daquelas que estamos acostumados a ver. Pensar que a economia deve levar em consideração ações de solidariedade e questões ambientais é, acredito eu, um novo e bem mais completo caminho a ser trilhado. Aula de economia 10/10 Paula Vieira Farias
ResponderExcluirÉ impressionante saber que uma mulher incentivada nada menos do que por ela mesma pode causar tão grande impacto na área da economia. Interessante ressaltar o ponto de defesa dela de que o progresso de um país deve ser medido com base não só no PIB como na economia do amor e da natureza, afinal se um país fosse feito só de PIB seríamos simplesmente "robôs" contribuindo com nosso trabalho para economia do país crescer, sendo que isso envolve diversos fatores como Hazel Henderson brilhantemente citou.
ResponderExcluirAcredito ser o primeiro passo rumo à “humanização” da Economia este que reflete a “desmatematização” das funções e atividades regidas por ela. O que, talvez, soe difícil numa conjuntura na qual se valoriza apenas a quantificação de valores, a indicação numérica das transações, ao passo que a valoração qualitativa dos produtos e serviços é jogada para escanteio. Busca-se um acuro técnico para algo que pertence mais ao campo dos afetos e imprecisões. Sem se aceitar como realmente é, a Economia encontrar-se-á num beco sem saída de proposições que resolvam problemas básicos para a sobrevivência humana, restando apenas crises com as quais não poderá nem saberá lidar.
ResponderExcluirA economia não pode ser vista como uma ciência exata. Na determinação de preços é possível ver o quanto a frase acima é verídica. A determinação de preços depende de fatores que não são apenas numéricos e exatos. Ela está ligada a fatores sociais e culturais, entre outros. Porém, ela se comporta como tal e muitas vezes representa em números questões sociais e culturais mascarando-as.
ResponderExcluirPara alcançar uma sociedade mais igualitária, de fato, precisamos ir muito além da mensuração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Precisamos medir o desenvolvimento de questões sociais, precisamos calcular o desenvolvimento dos seres humanos. Nas últimas décadas, novos medidas vem ganhando força no cenário econômico, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a educação e as taxas de alfabetização, a expectativa de vida ao nascer e a renda per capita de cada país. Medidas como essa demonstram que o progresso vai muito além de valores monetários. O progresso deve chegar no grau de qualidade de vida da sociedade.
ResponderExcluirNão me assusta quando vejo o setor privado interessado em apenas lucrar cada vez mais e a qualquer custo. O que mais me espanta é o que único dos protagonistas que pode mudar isso é o setor público, mas o vejo sempre, incentivado pelo privado, apenas investir para crescer o tamanho do PIB sem se importar com a qualidade de vida das pessoas. Quando temos um baixo crescimento, não há uma avaliação sobre o nível real de vida dos cidadãos. O Brasil, por exemplo, nos últimos anos vem crescendo a taxas de crescimento menores que outros países e mesmo assim, milhares de pessoas saíram da extrema pobreza, mais oportunidades para os mais pobres e há mais indivíduos nas escolas e universidades.
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