sábado, 28 de setembro de 2013

A anti-economista
                                                                                                                                                                     
Duas matérias publicadas sobre a futurista Hazel Henderson
revelam, a primeira, como as mulheres são desconsideradas
na economia do amor e como indicadores,
a exemplo do PIB, são mentirosos.
Na segunda, ela fala sobre os economistas, sobre os quais disse uma vez:
“Economistas? Não discuta com eles. Contrate-os...”
 
blog do professor paulo márcio
economia&arte
 
Economista solidária
 
Há mais de três décadas, as ideias revolucionárias de Hazel Henderson inquietam economistas e políticos. Conheça a história da autodidata que se tornou uma voz planetária da economia sustentável.
 
“A mulher que mostrou ao mundo o que está errado na economia”. Em entrevista à GINGKO, Hazel Henderson revelou ser assim que gostaria que o neto a recordasse.
 
Considerada por muitos ícone da sustentabilidade, futurista ou anti-economista, Hazel explica com clareza a sua abordagem ao mundo que tem de se desvendar: “Prefiro ser acupunturista global, pois identifico os pontos nevrálgicos dos sistemas econômicos, indicando a cura para os seus efeitos nefastos”. Desafiando os paradigmas mais tradicionais, defende há mais de três décadas uma visão revolucionária, muitas vezes incômoda, da economia.
 
“Não estávamos preparados para os ensinamentos de Hazel nas décadas de 70 e 80. Mas não faz mal porque, do futuro de onde veio, ela já estava à espera. Por isso, quase octogenária, continua com um espírito vivaz como uma criança que se encanta com as vicissitudes do mundo, sem medo e com alegria contagiante”, afirmou à GINGKO Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, referência brasileira no setor da consultoria em sustentabilidade empresarial.
 
Ativista autodidata, Hazel Henderson nasceu perto do mar, na cidade inglesa de Bristol, há 76 anos. Com um pai austero e difícil e uma mãe doce e generosa, resolveu construir sozinha o seu caminho. Em vez da esperada licenciatura, Hazel abandonou os estudos e a casa dos pais e foi morar com a irmã. Queria aprender, mas não numa sala de aula. Por isso fez de tudo um pouco. Foi vendedora, recepcionista de hotel e empregada num clube de golfe.
 
“Desde muito cedo percebi que não era empregável e por isso tive de me inventar”, diz com graça. Autodidata e influenciada pelo gosto da mãe, sempre adorou ler. Devorava livros. Nas bibliotecas escolhia os que mais lhe interessavam e correspondia-se por carta com os autores, colocando-lhes as mais variadas questões. Hazel reconhece: “Tive os melhores professores possíveis. Eram os próprios escritores!”.
 
Depois de uma passagem pelas Bermudas, o casamento fixou-a em Nova Iorque, onde a maternidade passou a ocupá-la em exclusivo. No entanto, contra todas as expectativas, em meados dos anos 60 tornou-se numa empenhada ativista ambiental. A fuligem que encontrava diariamente na roupa e no corpo da filha alertou-a para a poluição da cidade, o que a levou a criar o movimento Citizens for Clean Air, que em poucas semanas atraiu cerca de 20 mil pessoas.
 
“Foi a licenciatura mais rápida que se pode imaginar! Num curtíssimo espaço de tempo aprendi noções ambientais e de biologia, descobri como organizar campanhas de sensibilização e percebi como funcionam as multinacionais e o governo local”, reconhece Hazel. Foi sempre entre os líderes políticos e empresariais que sentiu mais dificuldades em ser aceita. “Você é simpática, mas não percebe nada de economia”, respondiam-lhe com frequência. Uma provocação que lhe serviu de inspiração para muitos anos de estudo, em que economia e ecologia se tornaram inseparáveis.
 
Economia do amor
 
Hazel Henderson lembra-se do que despertou o seu desejo de mudar o mundo: “Ver que o trabalho das mulheres era desvalorizado, o que tornava a sociedade menos justa e a economia desequilibrada”. O seu novo olhar para a economia de um país foi influenciado por esta constatação e assemelha-se, como ela própria diz, a “um bolo de três camadas com cobertura”. A cobertura é o setor privado, empreendedor e criativo, apoiado na camada representada pelo setor público, sustentado pelos impostos e incluindo todas as infra-estruturas e bens coletivos. A visão tradicional considera que a soma destes dois níveis mostra a riqueza de um país.
 
Hazel defende que existem neste bolo mais duas camadas essenciais, que estão fora da visão dos economistas. Uma delas é a chamada economia do amor, onde está todo o trabalho não remunerado, movido pela cooperação e solidariedade, como o voluntariado, serviços domésticos, educação dos filhos ou assistência aos idosos. Segundo Hazel, esta economia do amor representa cerca de 50% de todo o trabalho produtivo realizado em qualquer sociedade, chegando mesmo a 65% em países em desenvolvimento.
 
A segunda camada é ocupada pela economia da natureza, com todo o potencial dos seus recursos naturais. Hazel defende, há 30 anos, que é preciso considerar estas duas últimas camadas para a avaliação da riqueza e progresso de um país. Basear as decisões políticas em indicadores econômicos que apenas consideram o topo do bolo é, para ela, limitador. “É ridículo medirmos o progresso de um país apenas pelo PIB. É como tripular um Boeing 747 tendo no painel de instrumentos apenas o indicador da pressão do óleo”.
 
Além do PIB
 
O ambientalista norte-americano Bill McKibben, no seu best-seller Deep Economy, escreveu: “Até há pouco tempo, ideias como felicidade ou qualidade de vida eram o gênero de conceitos que os economistas colocavam de parte, como irrelevâncias poéticas vindas de pessoas sem jeito para a matemática”. Hazel sempre se orgulhou de ser uma delas. E embora achasse que o seu trabalho só começaria a fazer sentido para as pessoas muito tempo depois da sua morte, a realidade é que os seus alertas, lançados já nos anos 70, começam agora a ter eco oficial.
 
No início de 2008, o governo francês criou a Comissão Stiglitz com o objetivo de identificar os limites do PIB como indicador de desenvolvimento econômico e progresso social, e de propor alternativas estatísticas. Numa comunicação de Setembro passado, o comissário europeu para o ambiente, Stavros Dimas, reconheceu: “Para mudarmos o mundo temos de alterar a forma como o conhecemos e o percebemos, e para isso precisamos ir além do PIB (www.beyond-gdp.eu)”.
 
Antecipando este cenário, Hazel Henderson co-criou, em 2000, os Indicadores de Qualidade de Vida Calvert-Henderson, que avaliam ativos ecológicos, sociais e culturais de um país, como educação, energia, emprego, saúde, ambiente, direitos humanos e segurança pública (www.calvert-henderson.com).
 
Trajetória incomum
 
A energia que colocou nas primeiras iniciativas como ativista ambiental manteve-se ao longo do percurso. Hazel foi uma dona de casa que se transformou, quatro décadas mais tarde, numa voz planetária da economia sustentável.
 
Autora de oitos livros, traduzidos para dez línguas, publica artigos em mais de 250 jornais e revistas, como a Harvard Business Review, The New York Times e Le Monde Diplomatique. Tem sido membro do conselho consultivo de prestigiadas organizações sociais e ambientais, como o Worldwatch Institute e o Social Investment Forum. Membro honorário do Clube de Roma, foi também consultora do U.S. Office of Technology Assessment e da National Science Foundation. Sem certificados acadêmicos formais, é Doutora Honoris Causa pelas universidades de Tóquio, São Francisco e Massachusetts. Da sua extensa lista de prêmios destaca-se o Global Citizen Award, que partilhou em 1996 com o Nobel da Paz A. Perez Esquivel. Trajeto que inspira os que se cruzam com ela.
 
“Hazel é imbatível na lucidez do seu diagnóstico, admirável na agudeza com que desnuda o status quo, e estimulante na eficácia das suas propostas inovadoras. Conviver com ela é entrar para um universo ainda invisível aos olhos da grande maioria, mas fundamental para o amanhã de todos nós” – este o retrato feito a seu respeito por Christina Carvalho Pinto, líder da plataforma Mercado Ético para a América Latina, atual projeto de Hazel Henderson.
 
Naturalizada norte-americana, Hazel vive em St. Augustine (Florida), a mais antiga comunidade européia nos Estados Unidos. Continua a opor-se ao consumismo desenfreado e ao endeusamento do dinheiro, defendendo uma economia solidária com as pessoas e com a natureza.
 
Uma nova ciência da vida, com que é resgatada a função original do mercado: pura troca de produtos e serviços a nível local, agora com a preciosa ajuda da internet. Para mostrar ao mundo que as suas ideias não são utopias, criou em 2005 a plataforma multimédia Ethical Markets, uma das maiores e mais completas do mundo dedicada à sustentabilidade. Os conteúdos chegam a mais de 80 milhões de pessoas, através da televisão, internet, livros, vídeos e organização de workshops.
 
“É uma mostra de histórias reais inspiradoras de lideranças empresariais que incorporam os novos valores que transcendem a economia, redefinem o conceito de riqueza e promovem o crescimento através do respeito pelo ser humano e pelo ambiente”, descreve Hazel. Um programa que corporiza a sua antiga paixão de dar voz a projetos em que todos ganham. Otimista por natureza, trabalhando tantas vezes no limiar do quase impossível, Hazel Henderson nunca se desencorajou e, como confidenciou à GINGKO, continua a acreditar. “As mudanças necessárias para o mundo são geracionais, e sei que não as conseguiremos alcançar durante o meu tempo de vida. Mas sei que seremos capazes”.
 
Por Ana Sofia Rodrigues, publicado na revista GINGKO.
quinta-feira, 4 de março de 2010
 
 
 
 
Fantasias de economistas, pesadelos do planeta
Hazel Henderson*
 
St. Augustine, Estados Unidos, julho/2013 , (IPS)
Há pouco participei de um debate sobre a negociação de alta frequência e ouvi os mesmos e conhecidos argumentos de que contribui para a liquidez e a determinação de preços nos mercados.
 
Estas afirmações sobre liquidez são difíceis de justificar depois do flash crash de 6 de maio de 2010, quando a falsa liquidez das negociações de alta frequência desapareceu, num momento em que eram necessárias, e as tradicionais obrigações dos formadores de mercado estavam ausentes.
 
A negociação de alta frequência implica intenso uso de ferramentas tecnológicas sofisticadas para obter informação do mercado financeiro e, em função da mesma, o intercâmbio de valores como ativos ou opções.
 
A determinação de preços é uma função dos graus de informação e conhecimento dos atores do mercado e do próprio mercado (tanto físico quanto eletrônico) no qual operam.
 
Os operadores de negociações de alta frequência contribuem pouco, e o modelo marker-taker que empregam - um desconto por transação aos formadores de mercado que asseguram liquidez e uma comissão por transação aos clientes que tomam liquidez do mercado - junto com os mercados eletrônicos de hoje, distorcem a fixação de preços de vários modos, mediante estratégias de colocação e "latência" (por exemplo, a velocidade de seus computadores), que são uma forma de investimento oportunista.
 
Na maioria dos mercados mundiais de hoje, a determinação de preços não sabe de fronteiras planetárias nem dos descobrimentos via satélites que mostram como funciona a Terra em relação à chuva diária de fótons de nosso Sol.
 
A maioria dos mercados e seus jogadores não entendem que a vida sobre a Terra depende dessa chuva de fótons e de como as plantas verdes os aproveitam, por meio da fotossíntese, para criar os alimentos que os seres humanos consomem.
 
A fixação de preços é uma atividade humana que depende não só de nossos níveis de conhecimento como também de nossos condicionamentos culturais e nosso comportamento de manada, tudo isto amplamente estudado por psicólogos, antropólogos, neurocientistas e endocrinologistas.
 
Na verdade, são muitos os que estudam hoje os corretores da bolsa como uma população clínica, e revelam até que ponto sua conduta está controlada por suas funções hormonais, como descreveu John Coates em seu livro The Hour Between Dog and Wolf (A Hora Entre o Cão e o Lobo, 2012).
 
Coates descreve que os jogos de azar e o uso excessivo da alavancagem financeira estão governados por um excesso de testosterona e induzem a multiplicar os riscos, como ocorreu a Jon Corzine ao desaparecer o MF Global. Coates mostra que as quedas do mercado de valores disparam o pânico quando o hormônio cortisol se torna dominante e o corretor da bolsa fica como um veado alucinado.
 
Esses processos hormonais causam diarreia e corridas ao banheiro para vomitar. Scott Patterson, em seu livro Dark Pools, relata que os corretores de bolsa que se dedicam aos negócios de alta frequência bebem menos líquidos para não terem que urinar, e alguns, inclusive, têm baldes junto ao computador caso precisem vomitar.
 
Uma atividade tão antiga como o ser humano pode tornar-se uma obsessão e um vício semelhante ao dos jogos de azar.
 
A determinação de preços que estes corretores dos mercados globais de hoje operam é claramente pouco confiável.
 
Então, devemos considerar a onipresença de externalidades, como os US$ 500 bilhões de subsídios anuais aos combustíveis fósseis, bem como milhares de outros subsídios, lacunas e falta de regulamentação na maioria dos setores industriais. Tudo isso distorce ainda mais os preços.
 
Por isso as afirmações de que a economia é uma ciência são absurdas, e por isso o advogado Peter Nobel e outros membros de sua ilustre família repudiam o fato de o Banco da Suécia entregar o Prêmio em Ciências Econômicas "em memória de Alfred Nobel".
 
A economia é deficiente não só nestes aspectos de comportamento, mas em suas pretensões de precisão matemática e em suas muitas ilusões devidas à abstração.
 
Com assinalei em The Politics of the Solar Age (A Política da Era Solar, 1981, 1988), o interesse complexo é uma fantasia das matemáticas, aplicada à sociedade por poderosos interesses financeiros, como nas políticas "de austeridade".
 
A economia tampouco admite as leis da termodinâmica, desde que a profissão proclamou, há um século, sua rejeição ao químico Frederick Soddy, que propôs que o Sol era a fonte de toda a vida. A crítica a Soddy foi republicada em 2012 em Cartesian Economics (Economia Cartesiana, Cosimo Books).
 
E poderia continuar. A economia é uma profissão útil, como a contabilidade, para nos ajudar a assentar transações e manejar livros e balanços. A macroeconomia se tornou uma aberração ao pretender uma precisão matemática e uma ilusão de equilíbrio geral em sociedades vivas, dinâmicas e em evolução.
 
Os seres humanos se negam a se comportar como bolas de golfe, mas os governos, a academia e os atores do mercado ainda se baseiam nestes modelos de equilíbrio geral.
 
As fantasias dos economistas Kenneth Arrow e Gerard Debreu sobre o "mercado completo" se converteram nos pesadelos da negociação de alta frequência, nas crises financeiras recorrentes e no fechamento das terras tradicionais dos povos indígenas.
 
Agora, o fundamentalismo do mercado ameaça liquidar os últimos vestígios de florestas virgens do planeta e causar novas extinções de espécies em habitat cada vez mais reduzidos.
 
Isto me faz recordar o senador Robert Kennedy, quando dizia que o produto interno bruto mede tudo, menos o que nos orgulha de sermos norte-americanos, e as famosas palavras de Oscar Wilde: podemos "conhecer o preço de tudo e o valor de nada".
 
Publicado em Envolverde / Inter Press Service – IPS [http://ips.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=9680]
 
*Hazel Henderson é presidente do Ethical Markets Media (Estados Unidos e Brasil) e criadora do Green Transition Scoreboard (FIN/2013).
 
 
 


9 comentários:

  1. É interesante parar para analisar que o comportamento humano atual voltado para o consumo e enriquecimento prejudica também quem está no topo da pirâmide. Pois eles precisam como todos nós, respirar, beber água e interagir quimicamente com uma natureza altamente complexa que não pode ser reproduzida em laboratório ou submetida a um aluguel.

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  2. Grande exemplo! A frase dela: “Prefiro ser acupunturista global, pois identifico os pontos nevrálgicos dos sistemas econômicos, indicando a cura para os seus efeitos nefastos” diz tudo. Os economistas tem uma grande chance em mãos de mudar os rumos dessa história mal-escrita. Espero que aproveitem e tenham cada vez mais espaço para atuar dessa forma.

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  3. Carlos Nicolas Gámez, aula da economia10 de outubro de 2013 às 14:14

    É uma historia completamente diferente as outras, como uma mulher tem progressão nela sua vida e tem logrado os conhecimentos necessários como os outros homens preparados. Nós oferece uma distinta perspectiva de como a economia é baseada em três níveis que involucram setor publico, privado e tudo o que não é remunerado, que representa 50% de as atividades

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  4. Muito interessante! Além de ter uma visão diferente da economia daquelas que estamos acostumados a ver. Pensar que a economia deve levar em consideração ações de solidariedade e questões ambientais é, acredito eu, um novo e bem mais completo caminho a ser trilhado. Aula de economia 10/10 Paula Vieira Farias

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  5. É impressionante saber que uma mulher incentivada nada menos do que por ela mesma pode causar tão grande impacto na área da economia. Interessante ressaltar o ponto de defesa dela de que o progresso de um país deve ser medido com base não só no PIB como na economia do amor e da natureza, afinal se um país fosse feito só de PIB seríamos simplesmente "robôs" contribuindo com nosso trabalho para economia do país crescer, sendo que isso envolve diversos fatores como Hazel Henderson brilhantemente citou.

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  6. Acredito ser o primeiro passo rumo à “humanização” da Economia este que reflete a “desmatematização” das funções e atividades regidas por ela. O que, talvez, soe difícil numa conjuntura na qual se valoriza apenas a quantificação de valores, a indicação numérica das transações, ao passo que a valoração qualitativa dos produtos e serviços é jogada para escanteio. Busca-se um acuro técnico para algo que pertence mais ao campo dos afetos e imprecisões. Sem se aceitar como realmente é, a Economia encontrar-se-á num beco sem saída de proposições que resolvam problemas básicos para a sobrevivência humana, restando apenas crises com as quais não poderá nem saberá lidar.

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  7. A economia não pode ser vista como uma ciência exata. Na determinação de preços é possível ver o quanto a frase acima é verídica. A determinação de preços depende de fatores que não são apenas numéricos e exatos. Ela está ligada a fatores sociais e culturais, entre outros. Porém, ela se comporta como tal e muitas vezes representa em números questões sociais e culturais mascarando-as.

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  8. Para alcançar uma sociedade mais igualitária, de fato, precisamos ir muito além da mensuração do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Precisamos medir o desenvolvimento de questões sociais, precisamos calcular o desenvolvimento dos seres humanos. Nas últimas décadas, novos medidas vem ganhando força no cenário econômico, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a educação e as taxas de alfabetização, a expectativa de vida ao nascer e a renda per capita de cada país. Medidas como essa demonstram que o progresso vai muito além de valores monetários. O progresso deve chegar no grau de qualidade de vida da sociedade.

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  9. Não me assusta quando vejo o setor privado interessado em apenas lucrar cada vez mais e a qualquer custo. O que mais me espanta é o que único dos protagonistas que pode mudar isso é o setor público, mas o vejo sempre, incentivado pelo privado, apenas investir para crescer o tamanho do PIB sem se importar com a qualidade de vida das pessoas. Quando temos um baixo crescimento, não há uma avaliação sobre o nível real de vida dos cidadãos. O Brasil, por exemplo, nos últimos anos vem crescendo a taxas de crescimento menores que outros países e mesmo assim, milhares de pessoas saíram da extrema pobreza, mais oportunidades para os mais pobres e há mais indivíduos nas escolas e universidades.

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