terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pesquisa apresentada em uma edição longínqua do Fórum Econômico Mundial (WEF), mostrava que, para os executivos norte-americanos de grandes corporações, o risco mais preocupante é o da imagem da corporação.


coluna EMPRESA-CIDADÃ
Quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Paulo Márcio de Mello*

É a poluição que mata?


 Uma das mais importantes consultorias empresariais na atualidade é a EisnerAmper, que através da pesquisa Concerns About Risks Confronting Boards reiterou o relatório apresentado no WEF. 66% das preocupações dos entrevistados estão na preservação da imagem, ou reputação, das empresas. Seguem Regulação e compliance (59%), Planejamanento e sucessão do CEO (53%); Riscos de TI (54%); Gerenciamento de Crises (47%); Privacidade e segurança de informação (36%) e riscos fiscais (9%), entre outros.

Como hipotéticas causas das preocupações, constam Confiabilidade e Qualidade do Produto/Satisfação dos Clientes; Fraudes/Problemas Éticos; Percepção do Público; e Meio Ambiente, entre outros.

Como antídotos aos fatores de risco, as empresas optam principalmente por soluções domésticas, como troca de informações entre diretorias e comitês relacionados aos assuntos mais ameaçadores, ou através do aconselhamento de consultores.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recém divulgou um relatório referindo-se à baixa qualidade do ar que a maior parte dos habitantes do planeta respira, chegando a até 92% da população mundial.

A pesquisa incluiu 3 mil situações em áreas urbanas e rurais de103 países. Os dados mais recentes (2012) revelam que 6,5 milhões de pessoas adoeceram e 3 milhões morreram, em consequência da poluição. Entre as principais fontes de poluição estão modelos ineficazes de transporte, queima de combustível; queima de resíduos; centrais elétricas e atividades industriais.
Os principais poluentes são as micropartículas (diâmetro inferior a 2,5 micrometros) de sulfato, nitrato e fuligem.
As regiões mencionadas como de pior qualidade do ar são o Sudeste da Ásia, o Mediterrâneo Oriental e o Pacífico Ocidental.
Por outro lado, a qualidade do ar é adequada para 75% da população dos países com alta renda das Américas e para 20% da população que vive em nações de rendas média e baixa da mesma região. Uma situação que também ocorre em menos de 20% dos países europeus e nos países ricos do Pacífico Ocidental.
Os países com mais vítimas relacionadas à qualidade do ar são Turquemenistão (com 108 mortes por 100 mil habitantes); Afeganistão, (81 mortes por 100 mil habitantes); Egito (77 por 100 mil); China (70 por 100 mil); e Índia com (68 por 100 mil).
Cerca de 94% das mortes se devem sobretudo a doenças cardiovasculares, acidentes cerebrovasculares, pneumopatia obstrutiva crônica e câncer de pulmão. A contaminação do ar também aumenta o risco de infecções respiratórias agudas.

Em 2008, depois da queda do muro que escondia o bom-mocismo em empresas privadas, desde o caso do Pinto da Ford Motors; uma urna incendiária, passando pelas fraudes contábeis da Enron/Andersen, pela “mágica” da redução de emissões da Das auto (Volksgate); pelos perigos do talquinho cancerígeno da Johnson&Jonhson; pela destruição empreendida pela SAMARCO/VALE/BHP, entre muitos outros, as grandes corporações têm muitas chances de criar a imagem de serial killers.


Como uma boa imagem vale mais do que mil balanços, a procura por tutela antecipada das corporações tem no relatório da OMS um indicador de eficientes soluções. É só adicionar uma gota de criatividade.

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