O impacto da
tributação de alimentos na saúde brasileira
O brasileiro enfrenta dificuldades de saúde,
como obesidade, diabetes, hipertensão e outras
que encontram explicação nos seus costumes
alimentares.
É possível manobrar a tributação
para melhorar a dieta do brasileiro?
blog
do professor paulo márcio
economia&arte
por Ana Luísa Erthal
Aluna de graduação do Instituto de Nutrição da UERJ
30 de outubro de 2013
Segundo a Associação de Exportação de Sucos Cítricos (CitrusBR), São Paulo
é responsável por quase 90% da produção de laranjas no Brasil. Em 2012 houve
uma supersafra de laranjas, onde milhares de quilos da fruta foram jogadas no
lixo. Esse desperdício está amplamente relacionado com o perfil nutricional
brasileiro, não por questão cultural, mas por uma questão econômica atual.
O desperdício das laranjas incluiu diversas causas, porém uma delas é de
grande relevância no âmbito nutricional. A concorrência entre bebidas na mesa
do brasileiro é algo atualmente preocupante, visto que muitas vezes apresentam
altos níveis de açúcar, em um cenário de grande índice de doenças crônicas como
a obesidade. Essa concorrência não envolve apenas refrigerantes, mas sucos
industrializados que são rotulados como saudáveis para os leigos.
Em qualquer restaurante ou lanchonete, é possível ter a prova real de que o
consumo de bebidas não-saudáveis não é uma questão de fácil resolução. Uma lata
de refrigerante de 350mL custa em média R$2,50 enquanto a mesma quantidade de
suco de laranja chega a custar R$7,00. É importante ressaltar que a escolha das
bebidas atualmente não envolve somente a questão econômica. Em uma sociedade
com cada vez menos tempo livre para parar em uma cozinha e preparar suas
refeições, é importante lidar também com a questão da praticidade. Nas
prateleiras do super-mercado, encontram-se refrigerantes que ultrapassam o volume de 3L. A mesma
quantidade de suco de laranja demandaria algumas dezenas da fruta.
A questão das bebidas açucaradas versus suco de laranja proposta, é
justamente propor a conscientização para a questão dos tributos aplicados aos
alimentos. Em um país onde existe uma grande escala de produção de laranja, um
suco da mesma custa muito mais do que deveria custar. O nível de tributação
sobre os produtos e serviços no Brasil é absurdo, e afeta, mesmo que
indiretamente, a saúde brasileira. Cabe ao governo estabelecer nova tributação
dos alimentos não saudáveis, e tomar medidas mais severas em relação a
veiculação de publicidade.
Uma pesquisa recente da USP, propõe
impor tributos aos alimentos com alto índice de açúcar, gordura ou
sódio, e um aumento no subsídio de alimentos saudáveis, em uma tentativa de
reverter o elevado índice de doenças crônicas no Brasil e propor um novo perfil
nutricional. Uma interessante proposta final seria tentar inverter a conta: um
refrigerante de 350mL a R$7,00 e o suco natural a R$2,50.
Assim como o texto explicita há forte pressão tributária sobre os alimentos saudáveis, porém é necessário ressaltar que a publicidade é outro fator que tem grande impacto também na escolha alimentar. Acho muito boa essa proposta de impor tributos aos alimentos com alto índice de açúcar, gordura ou cálcio, infelizmente o brasileiro só responde quando se sente ameaçado. Talvez com essa tributação, tenha uma melhora na dieta do brasileiro e consequentemente em sua saúde.
ResponderExcluirOutro exemplo desses altos tributos , se dá nos alimentos orgânicos. O alto preço desses alimentos quando comparados com os industrializados é alarmante. A mídia como foi dito, assume um papel quase que decisivo na hora do brasileiro escolher o que vai comer. É desleal a forma com que os alimentos industrializados são exaltados e até ditos como "saudáveis", um exemplo são as propagandas de sucos feitos artificialmente de frutas, que nas propagandas fazem o telespectador acreditar que são NATURAIS e portanto saudáveis. Por outro lado praticamente não se vê anúncios de alimentos orgânicos por exemplo. O uso favorável da mídia poderia ser um grande investimento e uma alternativa para tentar inverter esse quadro no Brasil.
ResponderExcluirConcordo com que foi dito acima. A mídia tem um grande poder sobre nós, telespectadores. Buscam transmitir essa mensagem de que sucos industrializados contém baixo teor calórico com tanta afirmação que quem não possui conhecimento sobre o assunto, realmente acredita. Apoio a diminuição da tributação em relação à produtos saudáveis e o Brasil, deve começar isso já. Não queremos que o futuro de nossas crianças seja a base só de McLanche feliz!
ResponderExcluirAluna: Mariana Monteiro de Brito.
Além do que foi sugerido pela Ana Luisa, sobre a inversão dos valores dos produtos não saudáveis e saudaveis, seria importante uma conscientização maior de como pode ser feita uma melhor alimentação. De fato, muitas pessoas que decidem mudar os hábitos e levar uma vida saudável acabam desanimando devido o valor dos produtos. Afinal, essa decisão vai implicar uma série restrições alimentares, que a pessoa pode até mesmo estar determinada a seguir, porém, quando isso foge a sua realidade financeira, ela vai acabar retomando seus hábitos anteriores.
ResponderExcluirAluna: Gabrielle Moreira
O assunto é muito importante e merece a atenção não só de nutricionistas, mas de toda a sociedade.A tributação tem que ser assunto recorrente em nosso dia a dia, afim de entendermos e fiscalizarmos nosso governo evitando distorções, como o fato de uma água mineral pagar 45% de impostos, os medicamentos 34% e filmes pornográficos 19%.
ResponderExcluirA partir de 2014 ,por força de lei, as empresas deverão imprimir nos cupons e notas fiscais a carga tributária carregada nos produtos da respectiva venda, o que servirá de holofote ao assunto.A informação será alinhada pelos índices apurados pelo IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário ,que desde 1992 atua nesta área e já teve seus dados usados pelo governo em diversos projetos, inclusive para derrubar em 2007 o CPMF.
Parabenizo à todos que enxergam que através da tributação podemos alinhar conceitos, corrigir distorções e favorecer o equilíbrio e a qualidade de vida.
Mariana Trem
Mariana,
ResponderExcluirdificilmente essa questão irá se tornar um grande debate na sociedade. Os impostos em si não são "assunto de bar", até que fique evidente de que afetarão diretamente o consumidor, como tivemos no caso PlayStation 4.
A ideia da USP, de renovar o imposto em cada produto, poderia acontecer, caso o Governo não estivesse em uma eterna "queda de braço" entre multinacionais e agricultores. O 2º ponto do últmo parágrafo, de inverter valores, é uma "esperança romântica", pois estaríamos transferindo a responsabilidade para as grandes companhias, ao invés de conscientizar a população brasileira, relembrando o que está em nossa cultura alimentar. As empresas é que deveria se adaptar as nossas prioridades.
Realmente, o nível de tributação dos alimentos contribui para desencadear indiretamente doenças como obesidade, diabetes, hiper tensão, entre outros, nos brasileiros. Pois os alimentos saudáveis têm uma alta tributação, se comparados aos alimentos não saudáveis, sendo que deveria ser ao contrário para ser em prol da saúde dos brasileiros. Logo, muitas pessoas comem alimentos calóricos devido ao baixo custo e esse não é o único fator que afeta na saúde dos brasileiros, existem dezenas como, por exemplo, a falta de tempo para preparar uma refeição saudável, entre outros... é preciso resolver os problemas desses fatores, por exemplo, estabelecer melhor a tributação dos alimentos para que assim possa haver uma diminuição de casos de doenças como essas citadas anteriormente.
ResponderExcluirAluna: Priscila Santos da Silva
As medidas propostas são extremamente importantes e devem sim, serem aplicadas. Mas o que esperar de um país onde o Ministério da Saúde permite em seus eventos a veiculação da rede de fast food Mc Donalds, como eu vi em um documentário? A rede é conhecida por suas comidas e bebidas nada saudáveis e o órgão que na teoria deveria se preocupar com a saúde deixa que a mesma faça sua propaganda? Como explicar aos leigos que por mais que a imagem do Mc Donalds esteja atrelada a do Ministério, lá não é um local adequado para consumo? Realmente é lamentável.
ResponderExcluirMarcelle Roumillac
A questão nutricional , onde comer bem é comer saudável vem sendo bastante difundida em nossa sociedade. Grande parte da população tem a consciência dos alimentos que devem ou não comer. Todavia tais alimentos saudáveis, aqui no Brasil, são extremamente caro. Frutas sem agrotóxico, alimentos orgânicos , verduras não conseguem competir com refrigerante, fritura etc... Isso se da porque o preço é extremamente desproporcional, visto que é embutido nos produtos saudáveis uma taxa tributaria excessiva. Isso então leva o brasileiro, por mais que queira se alimentar bem , não ter essa opção, pois não possuem dinheiro suficiente para comprar tais produtos. É imprescindível que o governo diminua essas taxas abusivas para que possa haver a chance de toda a população brasileira comprar tais alimentos.
ResponderExcluirAss: Ana de la Cal
Considero válida a medida de aplicação de altas taxas de imposto a alimentos não saudáveis, como forma de promover a redução forçada do seu consumo. Alguns países como Dinamarca, Bélgica e Hungria já criaram impostos com este objetivo, e estudos nos Estados Unidos mostraram uma considerável redução do consumo desses alimentos após o aumento dos seus preços. Entretanto, esta não deve ser a única medida a ser tomada, é indispensável que também se diminua a tributação sobre os alimentos saudáveis, para que fiquem mais acessíveis, e que se promovam os hábitos alimentares saudáveis, para uma conscientização da população e melhor aceitação dos alimentos benéficos à saúde. Além disso, com a diminuição do consumo de alimentos ricos em açúcar, gordura e sódio e com o aumento da ingestão de alimentos saudáveis, a população estará se prevenindo de diversas doenças e, consequentemente, reduzindo os gastos com a saúde.
ResponderExcluirAluna: Gabriella da Costa Cunha
O suco saudável é mais caro que refrigerantes e sucos industrializados por isso pode se levar em conta que as pessoas de menor poder aquisitivo portanto "leigos",estão mais propensos a obesidade. Campanhas de conscientização serviriam como uma forma de educar a população, todo produto deveria vir com seus ingredientes bem exposto e de uma maneira em que todos se interessassem a ler. A proposta de inverter o preço dos produtos, citados no texto, seria muito válida, até porque um produto benéfico à saúde deveria, ser mais acessível, e não apenas favorecer o interesse econômico de uma minoria. Ainda mais se contribuir para a incidência de doenças decorrentes destes maus hábitos. Porém, deve se levar em conta, como o texto citou, que pessoas que mantém esses hábitos, geralmente são de baixa renda, logo adquirem alimentos, industrializados e altamente calóricos pois além de nao ter dinheiro pra se alimentar melhor, não possuem tempo para preparar suas refeiçoes devido a longas cargas horárias de serviço.
ResponderExcluirMuitas pessoas possuem plena consciência do que é necessário consumir para uma alimentação saudável. Porém, devido ao preço dos alimentos industrializados serem mais em conta comparado ao preço dos alimentos orgânicos isso resulta no péssimo hábito alimentar, principalmente no Brasil em que a maior parte de sua população possui renda baixa. Logo, acredito que os tributos adicionados aos industrializados seria uma ótima iniciativa para melhorar a saúde alimentar da população.
ResponderExcluirOutra questão que poderia ser colocada em prática, seria campanhas que estimulassem a alimentação saudável através de sua transmissão pela mídia, já que ela possui forte influencia sobre a população.
A questão envolvida é bastante delicada, pois atualmente vive-se uma demanda muito grande pela procura e consequente consumo de fast-food, ao pé da letra comida rápida, pois parece que a cada dia que passa as pessoas tem menos tempo para poder se alimentar da forma devida e correta. Quando se procura alimentos saudáveis, a demanda por estabelecimentos que ofereçam esses produtos é bem menor do que comparada aos demais restaurantes que fornecem qualquer outro tipo de comida. Deve-se levar em consideração os custos que se tem para ter uma alimentação mais saudável, uma vez que sucos naturais chegam a custar R$7,00 enquanto refrigerantes custam R$2,50, fazendo com que pessoas que não tem condições de se alimentar saudável opte pelo mais barato, no caso o refrigerante que não o fará tão bem a longo ou curto prazo, o que se faz pensar qual a vantagem de consumir o mais barato. Logo seria necessário uma reformulação nesses preços, pois a cada dia que passa, mais pessoas estão adoecendo devido as comidas que ingerem ao longo dos dias e com uma maior mao de obra para obter os produtos naturais, consequentemente haveria uma menor taxa de desemprego, ajudando assim a todos de uma forma significativa.
ResponderExcluirAluno: Vittor Stern
Se alimentar saudavelmente no Brasil está cada vez mais caro. Vimos no texto postado pela aluna Ana Luísa que beber uma lata de refrigerante é muito mais barato que beber um suco de laranja. As pessoas acabam por optar pela opção mais barata ou por não ter dinheiro, ou por não ter tempo e isso faz com que a procura pela praticidade seja maior. Realmente, essa situação precisa mudar, pois a tendência é o aumento de doenças relacionados com a má alimentação e o governo precisa tomar medidas mais efetivas, como diminuir o custo dos alimentos mais saudáveis e tornar difícil o acesso aos alimentos industrializados, por exemplo.
ResponderExcluirExistem projetos sobre a taxação de produtos com alimentos ricos em gordura saturada, como óleos e gorduras, carnes industrializadas (nuggets, hambúrguer, salsicha, linguiça e presunto), laticínios e açúcares sejam sobretaxados. Ao mesmo tempo, cereais, frutas, legumes e vegetais receberiam incentivos para redução de preço.
ResponderExcluirPortanto,esse método teria como objetivo combater a obesidade.
Diogo Fernandes.
Comer saudavelmente está cada vez mais complicado, visto que, o mais saudável é quase sempre mais caro, como exemplo temos os alimentos orgânicos que comparados com os não orgânicos apresentam uma diferença monetária considerável. Um outro fator que faz com que as pessoas comam mal é a vida apressada que se leva hoje em dia onde o mais rápido sempre é priorizado.
ResponderExcluirPor:Luciane Diniz de Lima
É bem nítido o papel das tributações dos alimentos na saúde dos brasileiros. Os maus hábitos alimentares dos brasileiros pode ocorrer pela falta de informações sobre como é um habito alimentar saudável, com isso as pessoas se alimentam de maneira inadequada. Mas também pode ser porque mesmo as pessoas possuindo conhecimento sobre a alimentação saudável que dever ter, elas não conseguem alcançar o objetivo de uma melhor alimentação por uma realidade econômica. Os tributos altos nos alimentos saudáveis tornam eles de difícil acesso e os alimentos não saudáveis que possuem um preço bem mais baixo é considerado de fácil acesso. Então nessa situação os brasileiros escolhem consumir os alimentos não saudáveis, pois eles se encaixam melhor em sua realidade econômica ao contrario dos produtos saudáveis. Mais uma vez com esses altos tributos o Brasil visa mais o lucro do que a saúde da população, pois por conta desse mal habito alimentar ocorre muitos problemas de saúde como obesidade, diabetes, hipertensão etc. O suco de laranja e refrigerantes são um ótimo exemplo, pois o suco de laranja é o mais saudável e o mais caro, e por outro lado o refrigerante é o menos saudável e o mais barato. Isso ocorre também com os sucos industrializados, esses sucos e os refrigerantes possuem um alto teor de açúcar que consumidos em grande quantidade pode causar doenças como obesidade ou diabetes. Quando o suco de frutas for 2,50 e o refrigerante for 7,00, vamos estar presenciando a valorização nutricional e a valorização da saúde dos brasileiros por parte dos fabricantes e do Brasil.
ResponderExcluirPercebemo que em relação aos refrigerantes e sucos de caixinha, muitas pessoas desconhecem o mal que este podem trazer. Vejo frequentemente mães dando refrigerantes para crianças de dois anos ou sucos de caixinha, pois acreditam que este segundo é super natural. Acredito que deveriam ter ações do governo que informasse o quão maléfico pode ser o refrigerante e os sucos de caixinha. Os sucos de caixinha apresentam um grande teor de conservantes, corantes e açúcar o que pode ser tão maléfico quanto o refrigerante, mas a conscientização para a utilização de sucos totalmente naturais seria realmente uma maneira de tentar mudar os casos de doenças causadas por estes produtos
ResponderExcluirInfelizmente o que é saudável no Brasil , não cabe no “bolso” de muitos brasileiros. Desde alimentos , como legumes e frutas , as bebidas , como sucos naturais custam bem caros nas prateleiras dos mercados , restringindo seu uso á muitas pessoas e fazendo com que sejam substituídos por produtos não naturais e prejudiciais a saúde .
ResponderExcluirkicilla de Araujo Zanirati