quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Sustentabilidade sequestrada
                                                    
 
Os desafios ambientais e sociais, hoje presentes,
impõem a subordinação das políticas econômicas
às novas prioridades.
No entanto, parodiando JM Keynes,
o que parece moderno
ainda é prisioneiro de economistas mortos.
 
blog do professor paulo márcio
economia&arte
 
Quarta-feira, 23 de outubro de 2013
colunaEMPRESA-CIDADÃ
por Paulo Márcio de Mello*
 
u      Um olhar sobre a relação entre a dívida pública e o PIB das maiores economias sugere que, por muito tempo ainda, o desenvolvimento sustentável estará subordinado a políticas econômicas que não guardam compromissos com os graves desafios sociais e ambientais.
 
u      Observadas as dez maiores economias do planeta, com base no tamanho do PIB, encontram-se, em primeiro lugar, os EUA, com produto avaliado em US$ 15,7 trilhões, em 2012. Segue, na segunda posição, a China, com produto da ordem de US$8,2 trilhões, no mesmo período. A seguir, figuram o Japão, com PIB de US$ 5,9 trilhões, a Alemanha (US$ 3,4 trilhões), a França (US$ 2,6 trilhões), o Brasil (US$ 2,4 trilhões), o Reino Unido (US$ 2,4 trilhões), a Rússia (US$ 2,021 trilhões), a Itália (US$ 2,014 trilhões) e a Índia (US$ 1,8 trilhão).
 
u      Ressalvadas as diferenças metodológicas entre as fontes que disponibilizam os números, o foco da observação está na tendência de crescimento da relação entre a dívida pública e o PIB (percentual) desses países.
 
u      A economia norte-americana que, em 2007, tinha a relação dívida/PIB na ordem de 63,9% passou para 99,4%, em 2012. No mesmo intervalo, a China saiu de uma relação aproximada de 16,2%, para 25,8%; o Japão, de 172,1%, para 211,7%; a Alemanha, de 67,6%, para 80,4%; a França, de 63,7%, para 85,8%; o Brasil, de 42,7%, para 58,7%; o Reino Unido, de 43,4%, para 86,4%; a Rússia, de 9%, para 9,6%; a Itália, de 106,6%, para 120,8%; e a Índia, de 78,5%, para 68,1%.
 
u      Agravada pela crise deflagrada a partir de 2008, que reduziu as receitas públicas das principais economias e que incrementou os gastos públicos, com a adoção de medidas corretivas contra a recessão, a bicicleta do endividamento não pode parar, senão pela opção por um entre três caminhos possíveis.
 
u      Desconsidera-se, liminarmente, o caminho do calote, ainda que para alguns possa parecer tentador. Brasileiros de cabelos prateados certamente se recordam do “calote” aplicado, em 1979, quando os títulos que serviam de lastro da dívida pública, as Obrigações reajustáveis do tesouro nacional (ORTN), eram corrigidos pela moeda de conta de então, a Unidade padrão de capital (UPC), criada para romper com a memória inflacionária do cruzeiro.
 
u      Naquele ano, o governo decidiu prefixar a inflação de 1980, em 45%, mas a inflação chegou ao nível de 90% e a dívida pública foi reduzida através do calote. A que preço, no entanto, de inflação em cruzeiros e inflação em UPC!
 
u      Um dos caminhos é o da recessão, como implementado pelo Japão, com o estouro da bolha imobiliária e financeira, no período de 1986 a 1991. Novamente atropelado a partir de 2008 e conhecedor das dores de um ajuste fiscal penoso, o Japão aportou mais de US$ 100 bilhões, no terceiro pacote de estímulo à economia, em cerca de um ano. Privilegiou, principalmente, obras de infraestrutura e projetos empresariais ambientalmente corretos.
 
u      A dramaticidade desta opção levou o desajeitado ministro das finanças Taro Aso, a declarar, em janeiro de 2013, que os idosos do país deveriam “se apressar e morrer”, para aliviar os gastos públicos de saúde.
 
u      Outro caminho é o da inflação, induzida ou, ao menos, negligenciada, para descontar, de fato, o valor do estoque dos títulos da dívida, administrando rigidamente as receitas e sendo complacente com os pagamentos. Brincar com a inflação pode ser perigoso como brincar com fogo, porém. Outra história que os brasileiros jovens há mais tempo bem conhecem.
 
u      Resta o quarto caminho, o do crescimento econômico. A lenda do crescimento, ainda considerada por muitos como a maravilha curativa para os males da economia, é cada vez mais criticada, à medida que vão sendo percebidas as dificuldades de suprimento de fatores de produção a custos baixos, como a energia com base em combustíveis de origem fóssil, os danos ambientais irreversíveis como os de grandes hidrelétricas, a disponibilidade de água doce, entre outras.
 
u      Nos planos social, político e cultural, a tomada de consciência de que o modo de produção hegemônico não pode ser mantido, senão com a nefasta externalização de custos, suportados pelos segmentos sociais menos privilegiados. Ademais, no aspecto ambiental, constata-se progressivamente a impossibilidade do planeta suportar tudo o que nele é disposto, seja na forma de resíduos sólidos ou de carbono.
 
u      É improvável pensar em mais uma euforia expansiva, com base em ganhos de produtividade, como os registrados na economia norte-americana nos anos 1990, mesmo com o emprego de tecnologias emergentes nas áreas de informatização da manufatura, ou de novos processos, como os de manufatura aditiva e de microusinagem.
 
u      Até a primeira metade dos anos 2000, quando a produção por hora trabalhada (não agrícola) chegou a atingir 9,4% no terceiro trimestre de 2003, permitindo uma redução de custos de produção de até 5,8%, a produtividade na economia dos EUA cresceu.
 
u      Cunhou-se então a expressão “nova economia”, inspirada na adaptação em larga escala de inovações tecnológicas e gerenciais. O estouro da “bolha especulativa”, em 2008, no entanto, reduziu a euforia com a “nova economia” à sua verdadeira expressão.
 
u      Mais importante para a improvável alternativa do crescimento com base em ganhos de produtividade está nas linhas e entrelinhas do comunicado divulgado pelos dirigentes do PNUD, da UNESCO, da OIT e do UNICEF, no dia 5 de outubro, alertando para o déficit de mais de 18 milhões de professores, necessários para a universalização do ensino básico.
 
u      Acrescentam, no comunicado que “não há solução viável de curto prazo, sem investimento em treinamento e medidas para promover respeito à docência”. Propõem “emprego, condições de trabalho e remuneração decentes, além de promover o ‘diálogo social’, para assegurar voz ativa dos professores nos processos de reforma educacional”. Bem diferente de propor balas de borracha e “spray” de pimenta.
 
u      Assim, por algum tempo, a cauda ainda balançará o cachorro. É a sustentabilidade sequestrada pela ortodoxia econômica, já que, enquanto a política econômica não é reconceituada, só restaria o caminho de crescer através da maior exaustão dos recursos humanos e ambientais.
 
Paulo Márcio de Mello

Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

 

A coluna EMPRESA-CIDADÃ é publicada, desde 2001, toda quarta-feira,
no centenário jornal Monitor Mercantil (www.monitormercantil.com.br).
Através dela, são apresentados casos de empreendedores e empresas, pesquisas, resenhas, editais ou agenda, relativos à responsabilidade social, à sustentabilidade e ao desenvolvimento sustentável.

24 comentários:

  1. Sem dúvida, o crescimento econômico sustentável é o caminho mais lógico e menos arriscado a ser seguido pelas maiores economias, mas os resultados, tanto positivos como negativos, vão depender também de fatores inerentes à composição histórica de cada país, como sistema de governo, desenvolvimento econômico-social, competitividade na indústria e logística, carga tributária e sua parcela destinada ao setor público, e credibilidade internacional.
    Aluna: Leticia Magliano

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  2. Engenheiros e físicos buscam novas fontes de energia, entidades internacionais propõem a universalização da educação básica, os estudos na área da saúde e da genética evidenciam cada vez mais as medidas preventivas para se evitar invasivos tratamentos...
    Todas essas ideias encontrarão rígidos obstáculos naqueles que lucram com a petroquímica, com a indústria farmacêutica ou com a alienação de muitos.
    Não é uma equação simples de resolver. Cientistas da economia, cientistas de áreas tangentes à situação e todos nós devemos trabalhar em conjunto para desvencilhar a lógica das engrenagens que movimentam a humanidade do óleo da consumação do planeta que mais corrói do que lubrifica.

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  3. Sustentabilidade, muito se ouve falar e realmente existem muitos caminhos para ela, o grande problema é a execução de projetos brilhantes na prática, muita gente falando e é difícil ver alguém fazendo. É revoltante ouvirmos tantas promessas sabendo que nada será feito, por isso é mais fácil cada um procurar o seu caminho sustentável e segui-lo e pensar e repensar na hora de votar, pois a dúvida de saber quem não é ator na hora das propagandas, já é caso para especialista, por tanto é muito difícil acreditar nesse comunicado em um País de tanta corrupção que só não tem dinheiro para saúde e educação.
    Aluna: Raquel Alvarenga.

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  4. Sem dúvidas, existem possibilidades de se alcançar um desenvolvimento sustentável para nossa sociedade, os entraves que persistem em bloquear este fato, é uma pré-disposição das grandes economias a evitar influenciar bons hábitos na população, visando lucros adivindo da alienação do povo quanto ao que ocorre, afinal o crescimento economico é proveniente do trabalho e investimento da população, que é estímulada a cada vez mais gastar, adiquirir novos produtos e tão pouco se fala das consequências drásticas que isso pode trazer para o nosso planeta.
    Por outro lado, vivemos momentos históricos atualmente , reivindicações no Brasil por um política honesta, por clareza na administração pública, por uma educação de qualidade, demonstram uma insatisfação geral, que tirou o povo da inércia e trouxe energia para lutar contra atividades antes pouco comentadas, mas que tanto assolam nosso país.
    Aluna : Gabrielle Moreira

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  5. Concordo com a aluna Gabrielle, pois existe sim uma grande leque de possibilidades e ideias para se obter um desenvolvimento sustentável, visando a diminuição de prejuízos drásticos ao meio. Porém, ainda é possível notar a persistência das grandes economias em promover o uso não sustentável da matéria prima por ser mais rentável para os mesmos e apenas visando o lucro como prioridade. Logo, apesar da população estar se apresentando mais consciente sobre esse fato, ainda existem muitos feitos que necessitam de maior intervenção em prol do nosso ambiente.
    Aluna: Marianna Mendes

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  6. Um grande problema que afeta o desenvolvimento sustentável é a forma com que lidamos com a natureza que muitas das vezes, de forma agressiva. Tendo como exemplo, muitos empresários que só pensam no lucro de suas empresas e esquecem que futuramente, os nossos recursos naturais irão acabar. Há projetos em escolas que conscientizam alunos a utilizar a natureza de formar saudável. Mas mesmo assim, há pessoas que insistem com a destruição total.

    Aluna: Mariana Monteiro de Brito.

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  7. Gostei muito de todos os comentários e, o que ficou para mim, foi:sustentabilidade é um estilo de vida. Ele precisa ser adotado por nós e pelas grandes empresas. Um mundo sustentável se constrói a partir de individualidades que pensam coletiva, ambiental e futuramente. É imprescindível que haja a conscientização de que estamos, a todo instante, nos relacionando com o meio ambiente e que os recursos dos quais dispúnhamos estão se esgotando. Essa noção começa primeiramente a nível de ser humano, afinal, as grandes empresas são comandadas por tais... é agir no micro para mudar o macro.

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  8. Está claro o quanto o desenvolvimento sustentável se faz necessário, no mundo atual, diante da ideia de finitude dos recursos disponíveis no planeta. Entretanto, a sustentabilidade encontra dificuldades tanto como conceito (que pode ser amplo) quanto na prática (com desafios para sua aplicação). Entre as dificuldades estão os interesses das grandes economias buscando o lucro e a alienação dos indivíduos para o consumo desenfreado, por isso, é preciso conscientização e colaboração de todas as esferas sociais. A abordagem que o texto faz sobre a subordinação do desenvolvimento sustentável às políticas econômicas, me permitiu entender que também há a necessidade de reformulações econômicas para que as práticas sustentáveis possam ocorrer.
    Aluna: Gabriella da Costa Cunha

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  9. Aluna: Carolline Miranda
    A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento da vida humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando uma boa qualidade de vida . No entanto, algumas potencias econômicas não se preocupam com a questão da sustentabilidade, ao contrário, como vimos no texto algumas economias crescem através da exaustão dos recursos naturais e humanos. Por isso, é muito importante a participação da sociedade, principalmente reivindicando seus direitos e a educação se torna essencial para que desde criança na escola o ser humano perceba a importância da preservação da natureza e a reponsabilidade que nós possuímos perante a sustentabilidade. As grandes empresas precisam achar meios de crescer economicamente, mas através de fontes renováveis sem destruir a natureza.

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  10. Após a leitura deste texto, fica claro que a sustentabilidade é o caminho mais sensato a ser tomado não apenas para a saúde do meio ambiente do planeta e de quem o habita, mas também para a economia. Medidas menos imediatistas devem ser tomadas, e devem prezar por um projeto pré-definido a longo prazo, para que não apenas o mercado econômico se recupere, mas também os grandes ecossistemas da Terra. No entanto, essa perspectiva é improvável, visto que um cenário em que as nações mais ricas abandonam seus métodos e sua ideologia de enriquecimento é, atualmente, quase utópico.

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  11. Muito se tem falado na sociedade atual sobre a importância de obter um crescimento sustentável. A chamada sustentabilidade seria a chave para garantir o futuro das nossas futuras gerações, em um planeta que ainda tenha acesso aos recursos naturais. No entanto, nem todo mundo se importa com essa questão. Como foi abordado no artigo, diversas economias avançaram devido a utilização excessiva de recursos naturais, além de empresas visarem somente o lucro, sem buscar outras formas sustentáveis para continuar fornecendo seus serviços. É preciso que a sociedade passe a se interessar por esse assunto, visto que é de total importância para as relações entre seres humanos e o meio ambiente . Além de que o governo precisa tomar providencias como conscientização da população e das empresas, industrias e suas regulamentações.
    Aluna: Ana C.N.P de la Cal

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  12. Enquanto não houver políticas econômicas que considerem a importância do meio ambiente, o crescimento econômico não será sinônimo de progressão. Até quando essa questão de considerar os recursos naturais inesgotáveis se perdurará? Se desenvolver às custas de algo que futuramente prejudicará a vida das gerações não pode ser considerada uma questão racional. É necessário que se encontrem medidas alternativas que sejam menos agressivas ao meio ambiente, para que sirvam de base para o desenvolvimento econômico. Os hábitos de consumo e consciência popular também possuem grande importância nesse aspecto, visto que os consumidores podem, através do consumo, não beneficiar empresas que se utilizem de questões políticas que agravem a situação ambiental.

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  13. Os maiores PIBS do mundo são, na ordem, EUA, CHI e JAP, países que estão entre os 5 que mais poluem. Depois da crise de 2008, as relações dívida/PIB aumentaram; ou seja, a atividade econômica dos países em alguns casos, chega a ser insuficiente para sanar as dívidas. Existem 4 maneiras de se sair dessa situação incômoda; uma dela, é crescendo economicamente. No entanto, é cada vez mais problemático crescer aonde não se suporta mais tal processo. Não só pelo meio ambiente, sempre prejudicado, mas pelo fato que faltam professores para ensinar o alfabeto e as 4 operações matemáticas básicas! Sem o mínimo de conhecimento atualmente, praticamente é impossível a conquista de um emprego. Como um país pode crescer se não há mão de obra? Alguns podem questionar que há a tecnologia, os rôbos para suprirem o homem; no entanto, quando a geração jovem e adulta for substituída pelos que vão nascer ainda, quem continuará buscando novas tecnologias e métodos de trabalhar, se não houver instrução para isso? Os professores são a base de tudo; sem eles, não haveriam médicos, advogados, cientistas, pesquisadores... Para a humanidade não bastou extenuar a natureza, é preciso agora desvalorizar os professores, nossa fonte de saber e de avanços.

    Marcelle de Oliveira Roumillac

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  14. A sustentabilidade tem como objetivo usar os recursos naturais de uma maneira a melhorar o desenvolvimento econômico , assim suprimindo as necessidades dos seres humanos sem o comprometimento do futuro das próximas gerações. Esse futuro é colocado em risco a partir do momento que o uso desenfreado dos recursos naturais causa impactos ambientais comprometendo as gerações futuras. Nesse contexto usar a sustentabilidade para um desenvolvimento econômico é uma questão irracional, por ajudar em lucros para a economia de uma país e causar danos aos meios naturais que são essenciais a vida do ser humano. Dando mais valor ao dinheiro e menos vamos ao futuro do mundo, é o que vemos hoje em dia quando empresas visam muito mais o seu crescimento econômico e cada vez mais ganhos de lucros mesmo se para isso tiverem que desreipeitar o significado de uma economia sustentável. Para um bom uso dessa economia deve-se visar a preservação do meio ambiente e a recuperação de um mercado econômico justo.

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  15. Visando o crescimento econômico as empresas acabam optando por formas não sustentáveis de desenvolvimento, o que parece resolver o problema a curto prazo, pois o assunto será resolvido bem mais rápido, porém se esquecem que os bens naturais vão acabar e a longo prazo (ou mais perto do que imaginamos) será um progresso inútil, já que é a manutenção da vida que está em jogo. Quanto mais adiarmos esse esgotamento melhor, e isso só é possível através da conscientização e uso de técnicas sustentáveis. E com essa constante modernização precisaremos cada vez mais de práticas que respeite o meio ambiente.
    Aluna: Kissila Ferreira de Souza

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  16. Conclui-se pela leitura que as medidas para retornar a situação do endividamento é prejudicial tanto para o governo, como a população e principalmente para a economia do país. A quarta forma de retomada da economia, reafirmando o que foi dito no texto, deve ser desconsiderada uma vez que as fontes energéticas estão se esgotando sendo assim não há possibilidade de a mesma ser aproveitada nesse processo. Entretanto se essa alternativa existisse, como o texto também citou, deveria haver um forte investimento nos profissionais da rede de ensino básico o que está fora de cogitação como pode ser observado através da reação do governo em relação às greves e as manifestações realizadas pelo corpo docente junto com a população atualmente na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo.

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  17. A citação do pensamente de Keynes na descrição do texto me remeteu ao conceito do Sociólogo e Antropólogo Pierre Bourdie :“Le mort saisit le vivant”... Parece haver, uma "prisão" à conceitos antigos, conceitos criados por pessoas que já não vivem mais nesse planeta e sustentados por pessoas que daqui a pouco tempo também não irão viver, como o de que a Economia exclui a sustentabilidade e vice e versa, de que teorias para um desenvolvimento sustentável em grandes potências não passa de romantismo. Estão sempre empurrando desculpas econômicas para meios inovadores de se buscar crescimento, pois se há perda de lucro não vale mais a pena, porém escolhe-se não enxergar a dívida que temos com os recursos naturais do planeta. Falar de sustentabilidade parece algo muito abstrato, quase como se fosse um conceito vago, mas a verdade é que ela pode e deve ser aplicada, mas já sabemos que quem está no topo do mundo não tem essa preocupação, por isso ela precisa vir de baixo, da população, de nós. Mas como propagar o conceito de sustentabilidade numa população sem educação? Pois educação requer profissionais, e não qualquer profissional, professores, mas parecem que conseguiram desvalorizar também a nossa base de saber, e essa sim, é a maior preocupação.

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  18. Infelizmente habitamos um mundo onde " é preciso ver para crer", ou seja, ficamos esperado que algo impactante aconteça para tomarmos devidas providências, como a criação de alarmes em caso de possíveis desabamentos no Brasil, criado depois de grandes tragédias. Prevenir é melhor do que remediar, é um ditado que deveria ser colocado em prática, mas pelo contrário é pouquissímo utlizado. A prevenção nesse caso seria pensar em maneiras de viver sem por em risco a nossa própria sobrevivência. Parece ser algo surreal, mas é o que ocorre se paramos para pensar. Um exemplo é a escolha entre dois carros: Um com a proposta de poluir menos o meio ambiente pela baixa emissão de gases poluentes, outro por sua vez promete potência altíssima, além de ser muito mais vistoso quando comparado ao primeiro. Não é difícil prever qual será o mais escolhido. Por essas razões ainda estamos muito longe de ser um Pais, e um Mundo realmente preocupados com a prática de sustentabilidade e seus efeitos.

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  19. Aluna: Nathalia Rodrigues
    A vertente ambiental é apenas uma daquelas que compõem o chamado tripé da sustentabilidade , pois também devem ser consideradas as vertentes social e econômica. Se, por um lado, é mais fácil ao cidadão comum associar práticas sustentáveis à responsabilidade socioambiental, por outro, não se pode desconsiderar que os aspectos econômicos estão intrinsecamente relacionados ao consumo e à obtenção de recursos necessários à sobrevivência do planeta e das organizações.

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  20. Olhando a atual economia, que pode ser chamada de predatória, fica claro observar que a meta é atingir os objetivos financeiros a qualquer custo. Essa meta deixa de lado, muita das vezes, a dignidade de um salário decente ao trabalhador e o respeito a natureza.
    Fica claro, pelo texto, que essa atual economia precisa ser remodelada. Não só pelo fato do acúmulo de grandes dívidas pelos países mas, pelo fato de atingirem seus objetivos econômicos passando, quase sempre, por cima da natureza. Constantemente, empresas continuam abusando do petróleo, e assim também, poluindo, desmatam áreas de grandes vegetações, poluem rios e lagos com os seus dejetos, dentre outros prejuízos. Isso faz com que se verifique uma economia que não pode mais ser sustentada. Precisamos sair dessa economia ''predatória'' e buscarmos uma economia pautada na sustentabilidade. Essa sim será uma economia que minimizará futuramente os gastos e melhorará a qualidade de vida ambiental e humana.

    Aluna: Gisele Silva de Souza

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  21. Atualmente, há uma enorme preocupação entre manter o desenvolvimento econômico sem que nossos recursos naturais se esgotem, sem prejudicar o ambiente. Porém o desenvolvimento sustentável se encontra estagnado devido à preocupação de diversos países atolados em dívidas, em recuperar suas economias. Ou seja, os planos sustentáveis precisam ser deixados de lado por formas de produção de baixo custo. Entretanto, é necessária a constante conscientização de que a produção e o consumo desenfreado não valerão à pena se a sustentabilidade não for considerada. Do que adiantaria a economia ser estabilizada e após isso tomarmos consciência de que os recursos naturais estão chegando a fim e o planeta não suportaria mais o lixo formado devido ao círculo vicioso da produção e do consumo? Portanto, existe uma necessidade urgente de uma reformulação da política econômica, para encontrar esse real equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade.
    Aluna: Isabelle Souza da Silva

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  22. Priscila Santos da Silva15 de dezembro de 2013 às 17:39

    O desenvolvimento sustentável é crucial, pois ele visa poupar os nossos recursos finitos, em prol das próximas gerações. Ouvimos falar muito de sustentabilidade, mas na prática não ocorre . Isso é devido a barreiras que são impostas pelos grandes economistas que só tem o intuito de lucrar a qualquer custo , e acreditam que essa nova forma de desenvolvimento os atrapalharão nas suas metas. Logo conclui que é por isso que o texto aborda que o desenvolvimento sustentável é subordinado as políticas econômicas. Para que se aplique a sustentabilidade, depende da colaboração das grandes economias com novas políticas e também da conscientização social .

    Aluna: Priscila Santos da Silva

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  23. Um conjunto de práticas, procedimentos e formas de agir que permitam que os recursos naturais se renovem ou que durem por muitas e muitas gerações. Dando a possibilidade de nossa espécie viver por mais tempo e garantir que haverá a esperança de que um dia; poderemos evoluir o suficiente para alcançar as estrelas em busca de mais recursos.
    Assim, planeta sustentável é muito mais do que um simples conceito bonitinho ou voltado para pessoas “cabeça” ou para ativistas do meio ambiente. É pura questão de sobrevivência. Garantir que um planeta mais sustentável seja uma realidade, pessoas; governos e empresas devem unir esforços para aprender e aplicar essas técnicas.

    Diogo Fernandes.

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  24. Temos de fazer um paralelo entre crescimento e desenvolvimento. A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.

    Acreditamos que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social.

    Kicilla de Araúje Zanirati.

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