quinta-feira, 29 de maio de 2014

O fim do capitalismo das organizações
                                                                                                                      
 Nos últimos 15 anos, a quantidade de empresas com ações em bolsa nos EUA caiu pela metade. As corporações respondem por parcela cada vez menor da produção material e do emprego.
 
blog do professor paulo márcio
economia&arte
 
Por Ricardo Abramovay
04.02.2013
 
Quem terá o domínio das atividades econômicas do século XXI? A literatura mais recente traz duas respostas polares a esta questão crucial. Pavan Sukhdev, em Corporation 2020, enfatiza o papel cada vez mais importante das corporações na vida contemporânea.
 
Seu diagnóstico a respeito das grandes empresas é implacável: até aqui, sua marca emblemática é o ano de 1920, quando foi juridicamente consolidada nos Estados Unidos a ideia de que a firma existe exclusivamente para atender aos acionistas: utilizá-la para cumprir obrigações socioambientais não faz parte das razões de sua existência e pode ser contestado legalmente (mais em Procura-se a empresa do futuro e na entrevista concedida por Sukhdev a Página22 na edição 69).
 
O ano de 2020, utilizado no título de seu livro, ecoa um conjunto de publicações originárias do meio empresarial mostrando a incompatibilidade entre o modo de funcionamento da empresa atual e a urgência de que surja uma vida social orientada pela redução das desigualdades e pela preservação dos serviços ecossistêmicos dos quais dependem as sociedades humanas.
 
Seu foco é a organização empresarial e as possibilidades de que esta se transforme para fazer dos mercados um meio de promover bem-estar, equidade e regeneração, ao menos parcial, do que já foi destruído até aqui. Esta abordagem é partilhada por trabalhos recentes da PricewaterhouseCoopers sobre mudanças climáticas, pelos da KPMG, calculando os custos ambientais de funcionamento das companhias e pelos da Deloitte (cuja expressão mais completa é o último livro de John Elkington, Os Zeronautas).
 
Mas serão as corporações (mesmo que impulsionadas pelas mudanças radicais que muitas consultorias globais preconizam em seus objetivos e em seus métodos) as organizações estratégicas da vida econômica das próximas décadas? Serão elas os vetores fundamentais da mutação para uma economia sustentável? Gerald Davis, da Universidade de Michigan, traz evidências de peso para responder a esta questão pela negativa.
 
Na verdade, a marca decisiva do capitalismo americano dos dias de hoje é o declínio e não o fortalecimento das corporações. Nos últimos 15 anos, a quantidade de empresas com ações em bolsa nos Estados caiu pela metade. As corporações respondem por parcela cada vez menor da produção material e do emprego. Mais que isso: suas funções históricas de promover coesão social por meio do acesso amplo a serviços de saúde e de aposentadoria deixaram de existir.
 
A proposta de fazer de cada cidadão o gestor de uma carteira de investimentos que lhe permitisse, por sua própria iniciativa, administrar sua previdência social e sua aposentadoria teve como resultado principal um aumento espantoso da pobreza e, sobretudo, das desigualdades na sociedade americana.
 
Um novo tipo de organização econômica emerge dos escombros do capitalismo corporativo que marcou a vida de quase todo o século XX, como mostra Gerald Davis em um texto recente. Sua base material e tecnológica está no extraordinário potencial das mídias digitais em democratizar não só o mundo da cultura, mas, de forma crescente, a própria produção material e de energia. “Soluções locais para produzir, distribuir e partilhar podem oferecer alternativas funcionais às corporações tanto para a produção como para o emprego”, diz Davis.
 
A ideia de que a organização empresarial é capaz de reduzir drasticamente os custos de transação e, em virtude disso, de que as formas hierarquizadas de gerir recursos materiais, energéticos e bióticos são sistematicamente superiores às descentralizadas encontra-se hoje sob franca contestação. Tecnologias digitais como a impressora em três dimensões e as máquinas de corte a laser levam ao mundo da matéria aquilo que a internet propiciou, nos últimos 20 anos, ao mundo da cultura.
 
Quando se juntam a essas novas técnicas o movimento em direção à oferta descentralizada de energia, o resultado é o desenho de uma vida econômica bem diferente daquela que marcou a era das corporações.
 
A grande virtude econômica da sociedade da informação em rede não reside tanto no aumento das capacidades produtivas, mas numa dupla contestação daquilo que marca a civilização industrial. Em primeiro lugar, ela abre caminho para que a iniciativa individual e as formas localizadas de produção ganhem eficiência econômica e disputem o coração da vida econômica em vários setores. Em segundo lugar, são formas de conceber, produzir e distribuir bens e serviços que se apoiam, cada vez mais, na cooperação social direta, na partilha.
 
Transformar as corporações em direção aos métodos e aos objetivos apontados nas sugestões recentes de várias consultorias globais é essencial. Mas tudo indica que o desenvolvimento sustentável vai apoiar-se cada vez mais na iniciativa econômica de indivíduos e comunidades locais com base em meios técnicos à disposição de sua criatividade e de seus talentos.
 
*Ricardo Abramovay é professor titular do Departamento de Economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP, é autor de Muito além da Economia Verde. Twitter: @abramovay.


45 comentários:

  1. Esse texto traz a interessante ideia e constatação que a industrialização centralizada e o modo de gerir empresas no modelo tradicional hierarquizado se encontra em declínio. Esse declínio surge da constatação que a descentralização dos meios comerciais, previdenciais, industriais e energéticos funcionam melhor descentralizadas que centralizadas. Logo, esse padrão comercial marcado por grandes empresas possuidoras de todo o setor estaria em declínio e seria o motivo da grande desigualdade existente nos dias de hoje. Um bom exemplo de descentralização comercial é a impressora de três dimensões, ela permite que nasçam milhares de novos comerciantes sem a necessidade de uma grande empresa dona de todo o setor. Pesquisas sugerem também que o modelo de aposentadoria privada gerou mais pobreza e desigualdade de renda o que mostra que o individualismo também não é uma boa ideia para o crescimento de toda a economia.

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  2. O artigo de Abramovay visa mostrar que o desenvolvimento sustentável tende a apoiar-se mais nos indivíduos e comunidades locais do que nas grandes corporações. Inclusive, é algo bastante perceptível nos dias de hoje, como as diversas cooperativas de catadores que atuam principalmente em comunidades do RJ, como a Recicla Rio.
    É visível que há um enfraquecimento das corporações nos últimos anos, e uma importância cada vez maior das localidades. Observa-se, nesse sentido, que essa nova organização econômica consegue uma democratização da cultura e da produção material numa escala mais ampla do que as corporações. Lembrando que grandes idéias e inovações surgem justamente nesses microambientes, bem distantes das corporações, e que se tornam se grande utilidade para todos. No campo do desenvolvimento sustentável, podemos perceber que em alguns canteiros de obras de construtoras, existem um forte incentivo à reciclagem de materiais, com a conscientização dos operários, e parte significativa dessas idéias não nasceram nas corporações, e sim a partir da iniciativa econômica de indivíduos ou de comunidades locais.

    Guilherme Campos

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  3. O texto mostra um novo "olhar" sobre o mundo tecnológico, onde as pessoas não precisam depender de empresas para um emprego. O texto dá a ideia de inovação, de que cada individuo a partir do desenvolvimento sustentável possa criar seu próprio emprego.
    O exemplo citado é os EUA, acho de grande importância tê-los como exemplo, pois eles possuem uma grande influência sobre outros países; e isso serve para que outras sociedades enxerguem que se nos EUA grandes corporações estão falindo, ou seja o modelo tradicional de capitalismo já não tem muito espaço em seu país.
    Conclui-se que a descentralização nos setores sociais atualmente está sendo mais funcional para a economia do que o antigo pensamento de centralização. Muitas sociedades de n países "copiam" costumes norte americanos, acho que essa ideia seria uma ótima ideia para se "copiar". Investir numa ideia pessoal de cada indivíduo, valorizar a capacidade do próximo independente de quem ele seja; com certeza irá diminuir o índice de desigualdade social unindo mais as pessoas e claro elevando a economia de cada país.

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  4. É interessante o fato de o texto mostrar duas visões opostas uma à outra a respeito de quem terá o domínio das atividades econômicas do século XXI. Enquanto Pavan Sukhdev acredita no papel cada vez mais importante das organizações, Gerald Davis mostra o enfraquecimento das organizações e o declínio como marca do capitalismo americano.
    Eu acredito na visão de Davis e vejo que as corporações vêm perdendo força. O cumprimento de obrigações socioambientais não faz parte das razões de existência das grandes empresas e isso é crucial nos dias de hoje. Há algumas empresas que procuram ter a ISO 14001, por exemplo, e um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), mas na minha opinião, elas desejam essas certificações muitas vezes apenas para ganhar credibilidade no mercado e mostrar uma preocupação ambiental.
    Gerald Davis acredita que as corporações não são os vetores fundamentais da mutação para uma economia sustentável. Particularmente, eu acredito nessa segunda visão. Precisamos de um novo tipo de organização econômica. Essa nova forma de organização, como mostra o texto, democratiza a produção de material e de energia. Assim, novas alternativas funcionais são oferecidas para a produção e para o emprego.
    A sociedade da informação em rede incentiva a iniciativa individual e as formas localizadas de produção ganham eficiência econômica. Assim, o desenvolvimento sustentável irá se apoiar na iniciativa de indivíduos e comunidades locais. Essa pode ser uma força que irá enfraquecer cada vez mais as grandes corporações.

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  5. Leandro Araujo

    -Muito interessante o texto, a ideia abordada no texto, permite gerar uma reflexão sobre qual a direção que o capitalismo ira ou devera caminhar ,isso segundo relatórios de empresas conceituadas de consultoria como DELOITE e KPMG.
    Fazendo uma critica ao capitalismo atua praticado pelas organizações atualmente, o qual na maior parte e age apenas visado o lucro a qualquer custo, abrindo se mão da preocupação com o bem estar social e saúde do ecossistema a sua volta e direcionando para uma sugestão do que seria o capitalismo ideal e qual os novos conceitos que ele deveria ter na sua filosofia para que se torne algo mais justo eqüitativo, que se preocupe com a questão socioambiental e alerta que mesmo se tendo essa necessidade de mudança ela será possivelmente realizada não pelas grandes corporações, mas sim por parte de indivíduos locais com base em meios técnicos a disposição de sua criatividade e de seus talentos.

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  6. Segundo o texto, evidências mostram que nos últimos 15 anos número de empresas com ações em bolsa nos Estados Unidos têm caído. Além disso, as corporações são responsáveis por uma parcela cada vez menor da produção material e do emprego e suas funções históricas de promover coesão social por meio do acesso amplo a serviços de saúde e de aposentadoria passaram a não existir. Com isso, o autor conclui que as corporações estão em declínio e, dessa forma, não é possível afirmar que elas são as principais responsáveis pela caminhada a uma economia sustentável. Pelo contrário, a tendência é que o desenvolvimento sustentável se sustente mais na iniciativa econômica individual. Acredito que mesmo com essa tendência as corporações acabam aderindo a políticas de responsabilidade social, pois essa aderência implica na sobrevivência de mercado ou não dessas corporações já que a sociedade tem cobrado cada vez mais delas atitudes sustentáveis. Portanto mesmo que não seja o vetor para o desenvolvimento de uma economia sustentável, a organização empresarial tem um grande papel para essa mutação.

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  7. Não entendi muito bem o que o autor quis dizer com "corporações", é notável que o setor industrial diminuiu sua participação no PIB em muitos países e que a área de serviços cresceu muito, o crescimento econômico antes de 2009 foi especulativo, valorização de ativos que não representava ganho real de produtividade ou em proporção do "crescimento", é de observar que estamos em declínio de invenções. O declínio de inovações é notável, muito pela falta de otimismo, não sai do papel muitos projetos, também pela falta de investimento. Acredito que a solidez das grandes corporações e preferencia em investimentos sem riscos, deixando de inovar e ampliar empregos e produção levou em longo prazo a seu próprio declínio. O estado terá grande importância no futuro como regulador e provedor da educação, inovação, e crescimento sustentável em todos os países.

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  8. O texto retrata o que estamos vivendo nos dias de hoje, muitas pessoas não precisam estar dentro de empresas para estarem empregadas, são autônomas, isso nos atenta que não existe mais um modelo que há muito permaneceu sobre o capitalismo. Segundo Pavan Sukhdev tem a ideia que a firma existe exclusivamente para atender aos acionistas, afirma também que não só existe para cumprir obrigações sócios ambientais. Em seu livro, abordou como assunto principal a organização empresarial, onde ressaltou a possibilidade de se fazer os mercados um meio de promover o bem estar. A marca do capitalismo americano é o diclíneo, onde as corporações responde por parcela cada vez menor da produção do material e do emprego. Logo após um novo tipo de organização econômica apareceu depois de toda recaída que houve no capitalismo corporativo , que marcou a vida de muitas pessoas no século XX.

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  9. "Unir os interesses empresariais e sustentáveis já é uma realidade, só no Brasil podemos citar algumas importantes iniciativas como a Bolsa verde do rio (BVRio) que é uma bolsa de valores ambientais de abrangência nacional e tem como atividades principais o desenvolvimento de mecanismos de mercado para serviços e ativos ambientais e a operação de uma plataforma de negociação para estes ativos. Outro programa importante foi lançado pela Bovespa, a Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A) que busca atrair recursos para projetos sociais e ambientais e estabelecer um ambiente de criação de valor que privilegie a crença em projetos que mereçam ser apoiados de forma transparente e confiável.
    Outra iniciativa pioneira em relação ao universo corporativo e a sustentabilidade foi a criação do ISE, o Índice de Sustentabilidade Empresarial, que busca criar um ambiente de investimento compatível com o desenvolvimento sustentável e estimular a responsabilidade ética das corporações. Utilizado pela BM&FBOVESPA o ISE é uma ferramenta que busca analisar as empresas listadas na bolsa sob a ótica da sustentabilidade corporativa. O índice se baseia em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Ele mensura e classifica as empresas utilizando critérios como termos de qualidade, nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas."

    Carolina Cunha

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  10. A mudança para o que o autor do livro chama de Corporação 2020 esteja ocorrendo principalmente no momento em que o assunto do bem-estar da população e casos mais acentuados de impactos da ação das empresas sobre o meio ambiente (No caso, a poluição de rios e áreas florestais, emissão agressiva de gases que alteram o clima local e se tornam uma questão de saúde pública). Acredito que o ocorre agora é mais uma transição do sistema capitalista, onde as empresas continuarão se comportando como firmas capitalistas mas voltadas para propósitos além do capital, se preocupando com todos os atores (stakeholders) envolvidos em seu processo e os objetivos em que as empresas se orientam, se tratando assim
    de uma forte preocupação com a governança corporativa das empresas. Isso se deve justamente pois a consciência hoje das grandes corporações e especialistas é que a maximização do lucro das firmas envolve o bom relacionamento entre todos os participantes da cadeia produtiva.
    Tal transição é chamada por exemplo, pelo que o professor de negócios e marketing da Universidade de Bentley, o indiano Rajendra Sisodia, chama de “capitalismo consciente”. Segundo ele, esse novo modo de atuar no mercado “cria grande valor para os clientes, os empregados são altamente engajados no trabalho, altamente produtivos. No longo prazo, o desempenho da companhia tende a ser muito melhor.”. Entretanto, é importante ressaltar que o capitalismo corporativo, fruto de uma intensa crítica feita por Pavan Sukhdev, ocorre devido a facilidade das grandes corporações em fazer lobby e se aproveitar de influências no governo para agirem de forma ineficiente levando a formação de monopólios e oligopólios, privatizando lucros e socializando os prejuízos; Tal variação do capitalismo é totalmente contrário ao capitalismo original, puro, que tem em sua essência a liberdade e igualdade de direitos.
    Gerald Davis, que acredita no enfraquecimento das corporações e sua força de coesão social, ainda fala em uma democratização da cultura e, hoje, da produção e energia, porém, as mídias digitais possuem uma capacidade de gerar informação e cultura a todos muitos mais facilmente do que o autor chama de produção material e energia na minha opinião, acredito que seria um processo mais complexo do que foi, por exemplo, a implementação da internet. Entretanto, ainda que eu acredite na existência de um período de transição, também concordo que uma economia de mercado livre de intervenções ineficientes e que gera o investimento em produtividade e não em lobby, a manutenção de uma empresa e seu poder de coesão social depende basicamente do oferecimento de serviços que satisfaçam os clientes, independentemente de grandes corporações ou de talentos individuais.

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  11. O texto “O fim do capitalismo das organizações”, em síntese, chama-nos a atenção para o surgimento de um novo tipo de organização econômica, oriundo da sociedade da informação em rede, que tende a suplantar o papel de destaque do capitalismo corporativo e se tornar um dos vetores fundamentais da mutação para uma economia sustentável. Seria realmente este o estágio evolutivo que estaríamos a percorrer ou o autor do texto é otimista quanto ao poder transformador da sociedade em rede, sobretudo no que tange à influência na vida econômica das individualidades e da cooperação social direta?
    Primeiramente, cumpre contestar a afirmação feita de que houve redução pela metade da participação das corporações na Bolsa de Valores norte-americana. Cabe, nesse ponto, questionar se a diminuição do quantitativo de empresas não seria expressão das inúmeras fusões ocorridas, que resultaram em corporações gigantescas.
    A primeira metade do século XX foi marcada pelo modelo de produção fordista, pela coisificação do homem, considerado mero meio para a obtenção de lucros. Marx já dizia que as relações de produção capitalistas são marcadas pela alienação do homem. O século XXI, por sua vez, caracterizado pelo que o sociólogo Zigmunt Bauman bem qualificou como “modernidade líquida”, se caracteriza pela chamada ‘força dos laços fracos’, pelo individualismo que prevalece na sociedade capitalista. No mundo globalizado em que vivemos, informação é tudo, mas é importante ressaltar que a ideia de que produções individuais ou de comunidades locais indicaria uma tendência à diminuição da importância da tomada de decisões pelas corporações no futuro pode ser questionada, tendo em vista que não se considerou que grande parte da mão-de-obra é desqualificada e que os invisíveis, marginalizados, desempregados de nossa sociedade não costumam fazer parte desse segmento cuja criatividade vem disseminada pela era digital.

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  12. VITOR ALMEIDA DE AGUIAR6 de julho de 2014 às 17:23

    Um interessante aspecto apresentado no texto de Abramovay é a constatação que a industrialização centralizada e o meio de administração realizado pelas empresas e principais players e corporações do mercado se torna cada vez mis obsoleto e em declínio e que a idéia de uma economia sustentável, que gere não só lucro ao acionista, mas bem estar e externalidades positivas a sociedade vem crescendo.
    Portanto, com o passar do tempo, teremos uma substituição dessas corporações gigantes, administradas com o objetivo de gerar lucro aos acionistas, por iniciativas sociais individuais ou de pequenas comunidades, filantropos, etc, que além de incentivar a produção, geração de lucro e desenvolvimento econômico, elas geram também um crescimento sustentável, baseado na preservação da natureza, geração de bem estar para a população e redução ads desigualdades.

    Att,
    Vitor Aguiar

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  13. Falar do fim do capitalismo nas organizações é um tema muito amplo e complicado que deveria ter uma grande pesquisa aprofundada, mas concordo que o desenvolvimento sustentável vai se apoiar cada vez mais na iniciativa econômica de indivíduos e comunidades locais. Hoje vemos muitos projetos não governamentais e sem apoio de patrocínios, exemplo de reciclagens, onde são feitas vários projetos com materias, como: as garrafas de plásticos, latinhas, papelões..., que são feitos puramente com iniciativa individuais. As empresas estão tendo mais atenção a sustentabilidade, mas na sua grande maioria por força de lei e não por iniciativa própria. Sem sombra de dúvida que nesses 15 anos o apoio a causa teve um grande progresso.

    Leonardo Ribeiro da Silva

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  14. O texto “O fim do capitalismo das organizações” é bastante interessante, mas não acredito nessas expectativas da diminuição da importância das grandes corporações. O problema é de escala. Como os custos para se ter um crescimento sustentável são crescentes, somente uma economia de escala pode conseguir eficiência econômica e superar os custos marginais diante do aumento dos benefícios sociais.
    Os desafios do século XXI são ambientais, climáticos e sociais. E eles só podem ser resolvidos conjuntamente, pois são interdependentes. O problema é tão gigantesco e exigente de quebra de paradigmas que os países, por si só, são incapazes de resolverem esse imbróglio planetário. Apesar dos meios de informação estarem num processo revolucionário e poderá dar ao indivíduo e pequenos grupos grande poder de participação, assim mesmo a importância das grandes corporações será cada vez maior. No entanto, concordo com o autor que essas corporações terão que melhorar os seus sistemas de governança e de sustentabilidade para que possam sobreviver no século XXI. Terão que mudar de uma economia baseada na transformação material para uma economia baseada em conhecimento e serviços. E dessa maneira, não só as corporações irão mudar, mas também os governos e os indivíduos. Termos que sair de uma sociedade extrativa para uma sociedade inclusiva. Este é o verdadeiro desafio para toda humanidade no século XXI.

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  15. Este texto abordou um tema bem real e apontou o que pode ser o dia-a-dia de muito cidadão brasileiro. O capitalismo corporativo visto no ultimo século vem cada dia perdendo mais espaço, nesse ponto eu concordo com o autor em dizer que o objetivo do coletivo e social vem perdendo espaço a muito tempo vide a bolsa americana, o que mostra que não se busca e nem se oferta emprego com o mesmo objetivo centralizado de antes, que era produção em massa e o movimento desenvolvimentista do capitalismo.
    A tecnologia avançou a ponto de termos oportunidades individuais para nosso próprio crescimento, dando oportunidade para a criatividade e o esforço. Muitas dessas inovações como citado pelo autor, impressoras 3d por exemplo deram uma nova perspectiva trabalhista, claro que ainda é muito cedo pois a grande maioria prefere a segurança de um trabalho fixo.
    Assim conclui-se com essa abordagem que o corporativismo esta em fase de adaptação e veremos daqui pra frente quais serão os objetivos aspirados por cada cidadão, pois o bem-estar muda de geração em geração, e apesar da utilidade tender a ser parecida, elas mudam, pois o desejo de equidade social numa será saciável.

    Arthur Vicente de Paula dos Santos

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  16. A publicação do Professor Ricardo Abramovay sugere que há o surgimento de uma nova forma de organização econômica, organização esta beneficiada pelas mídias digitais, que possibilitam uma nova forma de organização, produção e distribuição dos bens. Abrindo caminho para que a iniciativa individual e as formas localizadas de produção ganhem mais espaço. Ai entram as corporações que ganham visibilidade e importância ao pensarem em formas de desenvolvimento associado ao ganho bem- estar da população respeitando o ecossistema. Mas se formos parar e pensar no valor adicionado que estas coorporações contribuem para o PIB atualmente, é uma coisa muito pequena, tendo em vista que a economia depende das grandes organizações industriais.

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  18. O texto de Ricardo Abramovay revela uma incompatibilidade entre o modo de funcionamento da empresa atual e a urgência de redução da desigualdade pela prevenção dos serviços ecossistêmicos dos que dependem as sociedades humanas. Pode observar-se que Pavan Sukhdev acredita no papel cada vez mais importante das organizações, já Gerald Davis mostra o enfraquecimento das organizações e o declínio como marca do capitalismo americano. A marca do capitalismo americano nos dias atuais é o declínio das corporações. Um novo tipo de organização econômica emerge dos escombros do capitalismo corporativo que marcou a vida de quase todo o século XX e sua base material e tecnológica está no extraordinário potencial das mídias digitais em democratizar não só o mundo da cultura, mas, de forma crescente, a própria produção material e de energia. Mostra que é necessário transformar as corporações em direção aos métodos e aos objetivos apontados nas sugestões recentes de várias consultorias globais é essencial, e tudo indica que o desenvolvimento sustentável apóia - se cada vez mais na iniciativa econômica de indivíduos e comunidades locais e baseados em meios técnicos à disposição de sua criatividade e de seus talentos, idéia esta que encontra-se hoje sob franca contestação.

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  19. De frente a uma perspectiva negativa em relação ao uso de energia suja, baseada em combustíveis fósseis, como o caso do Petróleo e do gás. Fica a indagação se o Brasil abriria mão de toda uma matriz energética descoberta e celebrada com louvor, que seriam as bacias no pré sal, em troca de uma política mais preocupada com o meio ambiente. Em que privilegiasse fontes de energia limpa, como o caso da Eólica e a solar. Dado o grande potencial do país em energia solar devido à grande incidência de sol em todo território brasileiro, durante o ano todo, assim com a grande costa brasileira com ventos constantes.

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  20. O texto de Ricardo Abramovay nos traz duas visões opostas sobre quem realmente terá o domínio das atividades econômicas neste século. Pavan Sukhdev acredita no papel cada vez mais importante das organizações, Gerald Davis mostra o enfraquecimento das organizações e o declínio como marca do capitalismo americano. Eu acredito na visão de Pavan Sukhdev, pois eu vejo que o setor privado é capaz de ditar novas tendências no mercado internacional, deixando claro que hoje eu não concordo com o padrão de consumo e com as tendências que o setor privado dita na economia internacional, porém eu vejo que esse modelo de negócios pode mudar e que num futuro próximo setor privado será capaz de ditar “boas tendências” fazendo com que a população mundial passe a adotá-las.

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  21. O texto mostra que as novas tecnologias que facilitam a comunicação entre as pessoas propicia o surgimento de iniciativas de produção locais, pontuais e de pequena escala. Essas iniciativas dão a oportunidade para um novo tipo de relacionamento econômico, sem a intermediação das grandes corporações e com a preocupação ética dos consumidores com a sustentabilidade. As corporações que quiserem sobreviver a essa nova era terão que se adequar ao desenvolvimento sustentável seja pela imposição de leis mais rigorosas ,por causa das escolhas dos consumidores mais exigentes com os padrões éticos ou pela própria consciência dos seus administradores

    filipe silva moreira

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  22. É evidente que grande parcela da sociedade ainda não está preparada para um mundo sustentável, pois as empresas ainda encontram meios de burlar o sistema. O texto propõe portanto, a ideia de um trabalho com iniciativas individuais ou de pequenas colônias. O que falta ainda, nos dias atuais, são mecanismos eficazes de fiscalização, para que as grandes corporações sigam com rigor os modelos de sustentabilidade.

    Caroline Abreu

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  23. No texto podemos ver duas visões distintas. Para Pavan Sukhdev as organizações empresariais possuem um importante papel e devem se transformar para promover bem-estar. Já para Gerald Davis as organizações estão em declínio e a iniciativa individual e as formas localizadas de produção ganham cada vez mais importância econômica em vários setores. Eu particularmente aposto mais na visão de Davis. Acredito que as corporações ainda tenham um papel importante, mas não acredito que possam se transformar para promover o bem-estar. As corporações visam unicamente o lucro, e acredito que mostram preocupações ambientais apenas para publicidade. Precisamos de uma nova forma de organização, sendo assim, acredito que o desenvolvimento sustentável vai se apoiar cada vez mais na iniciativa individual.

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  24. Pelo que se percebe no texto, os esforços individuais da sociedade, pequenos empresários e autônomos, tem o potencial de superar a eficiência da utilização de recursos em relação ao das grandes empresas. O que é de se espantar, tendo em vista que as organizações em geral atuam de forma organizada, sistêmica e padronizada, diferente da iniciativa individual, que prezam geralmente pela flexibilidade.
    Infelizmente como já foi apontado em outros textos do blog, não é só a eficiência da utilização dos recursos que deve ser melhorada para se obter uma sociedade sustentável e sim uma redução significativa de sua utilização por parte da sociedade e das indústrias como um todo.

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  25. O texto evidencia duas ideias divergentes em relação ao destino do capitalismo e suas organizações.
    Pavan Sukhdev, enfatiza a ideia de que as empresas têm somente o papel de atender aos acionistas, não tendo nenhuma obrigação socioambiental .
    Por outro lado, um novo tipo de organização econômica expressa por Gerald Davis, acredita na democratização no mundo da cultura e na produção material, através das mídias digitais, sendo estas as responsáveis por oferecerem soluções às corporações para a produção e emprego. Tornando possível a distribuição e partilha.
    Acredito que a função das corporações não se resume em apenas maximizar o lucro, procurando sempre reduzir os custos de transação e aumentar a produtividade, mas elas também devem se preocupar com o bem-estar da população e com possíveis externalidades que essas possam causar ao meio ambiente.

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  26. O texto nos mostra duas visões opostas sobre quem realmente terá o domínio das atividades econômicas no futuro. Davis mostra que as organizações vêm perdendo forças ao longo do tempo e acredita também no declínio da força do capitalismo americano, Pavan acredita no papel cada vez mais importante das organizações na economia.O texto também sugere o nascimento de uma nova forma de organização econômica, organização esta influenciada pelas mídias digitais, que trazem uma maior iniciativa individual e também produção. A importância das organizações ao pensarem em formas de desenvolvimento associado ao ganho bem- estar da população respeitando o ambiente também são retratados no texto. Pavan também acredita na idéia que a firma existe exclusivamente para atender aos acionistas,e também que não só existe para cumprir obrigações sócios ambientais. O declínio da marca da economia americana acontece onde as corporações responde por parcela cada vez menor da produção do material e do emprego.

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  27. É notório que as mudanças em torno do sistema de organização empresarial vem sofrendo mutações em sua forma nas últimas décadas. Dentre tantos fatores, temos a ideia de que as empresas tinham somente o papel de atender aos acionistas, porém isso vem se alterando e muito.
    De acordo com o texto, respeitadas consultorias como por exemplo a KPMG, inserem a ideia da responsabilidade ambiental como parte dos compromissos e obrigações da empresa com a sociedade.
    Por outro lado, o texto nos surpreende ao mencionar a falência de um modelo de estrutura empresarial que sobreviveu por mais de um século( Grandes Corporações). Ao examinarmos os dados apresentados nota-se que existe uma tendência da diminuição do modelo de grandes corporações para empresas, digamos menores, um modelo mais pulverizado e não tão concentrado.
    Em vista aos argumentos mencionados acredito ser uma possível solução para uma inserção de uma solução na implantação de um modelo empresarial mais eco sustentável ou mesmo mais eco responsável.

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  28. O texto aponta para um declínio do capitalismo americano nos dias atuais, dando origem a um novo tipo de organização econômica que emerge dos escombros do capitalismo corporativo marcando a vida de quase todo o século XX. À exemplo de uma descentralização comercial é a impressora de três dimensões permitindo que nascesse milhares de novos comerciantes sem a necessidade de uma grande empresa dona de todo o setor. Em relação à aposentadoria privada, pesquisas mostram que gerou mais pobreza e desigualdade de renda o que comprova que o individualismo também não é uma boa ideia para o crescimento de toda a economia. O autor termina concluindo que o desenvolvimento sustentável vai amparar-se cada vez mais no empreendimento econômico de indivíduos e sociedades locais com base em meios técnicos à disposição de sua capacidade criadora e de suas aptidões.

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  29. Esse texto traz a tona a discrepância entre as empresas e o bem-estar social. Segundo o autor, o capitalismo vem sendo responsável pelo "declínio" das organizações. Porem a algum tempo esta emergindo uma nova forma de organização, onde a individualidade e exercida, mas a busca pelo bem-estar e a diminuição das desigualdades existentes historicamente por muitos anos também esta sendo levado em conta. Essa nova conjuntura vem gerando frutos e mostrando que e possível mudar positivamente.
    Por outro lada e necessário direcionar e buscar as melhores alternativas para o bem-estar da sociedade. E importante que novas idéias sejam aprimoradas, e diversos setores da economia precisam se adequar as novas transformações.

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  30. O texto trata a questão de quem terá o domínio das atividades econômicas do século XXI, o autor faz um contraste a respeito das grandes empresas entre o ano de 1920 e o de 2020. No intervalo desse século sua marca emblemática era de que a firma existia exclusivamente para atender aos acionistas e foi modificada entre o modo de funcionamento da empresa e a urgência de que surja uma vida social orientada pela redução das desigualdades e pela preservação dos serviços ecossistêmicos dos quais dependem as sociedades humanas.
    Seu foco é a organização empresarial e as possibilidades de que esta se transforme para fazer dos mercados um meio de promover bem estar, equidade e regeneração, ao menos parcial, do que já foi destruído ate aqui.
    A marca decisiva do capitalismo americano dos dias de hoje é o declínio e não o fortalecimento das corporações. Um novo tipo de organização econômica emerge dos escombros do capitalismo corporativo. Sua base material e tecnológica esta no extraordinário potencial das mídias digitais em democratizar não só o mundo da cultura, mas a própria produção material e de energia. Soluções locais para produzir, distribuir e partilhar podem oferecer alternativas funcionais às corporações tanto para a produção como para o emprego.
    A grande virtude econômica da sociedade da informação reside numa dupla contestação daquilo que marca a civilização industrial, ela abre caminho para que a iniciativa individual e as formas localizadas de produção ganhem eficiência econômica e disputem o coração da vida econômica em vários setores e também são formas de conceber, produzir e distribuir bens e serviços que se apoiem, cada vez mais, na cooperação social direta, na partilha.
    Tudo indica que o desenvolvimento sustentável vai apoiar-se cada vez mais na iniciativa econômica de indivíduos e comunidades locais com base em meios técnicos à disposição de sua criatividade e de seus talentos.

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  31. Gustavo Lima Guedes Resende7 de julho de 2014 às 18:10

    O texto advoga que as estruturas corporativas rígidas do passado estão acabando e dando lugar a estruturas mais descentralizadas de gestão, principalmente com o advento da internet, pois, essa possibilitou iniciativas populares; Apesar de realmente ter recentemente aumentado o numero de estruturas de gestão descentralizada, especialmente ligado a setores de tecnologia e startup, e as rígidas estruturas burocráticas do passado terem se demonstrado demasiadamente rígidas para um mundo em constante mudança.

    Penso que as corporações ainda apresentam um papel relevante na sociedade e por varias razões ainda demonstram serem importantes, por fatores como ganhos de escala de grandes estruturas organizacionais e os custos de transação de se coordenação de um grupo descentralizado , assim como , em diversos casos uma gestão descentralizada ao contrario do que se espera se mostra extremamente lenta em responder a mudanças quando um consenso é necessário de imediato; Exemplo disso são situações de emergência onde crises necessitam de rápida solução em espaços de tempo pequenos para que se chegue a um consenso.

    O futuro parece estar mais relacionado à coexistência de diferentes tipos de organizações, embora com uma tendência a descentralização seja real, não se mostra com força suficiente para acabar com as estruturas corporativas, embora seja forte o suficiente para altera-las

    Quanto a múltiplos objetivos para as corporações, acredito ser algo não vantajoso, em primeiro lugar porque a principal razão da eficiência das corporações é a de elas possuírem apenas um único objetivo, que é o lucro, quando se colocam diversos objetivos que muitas vezes são conflitantes e sem um denominador comum (como preços) para os hierarquizar , as firmas tendem a ser perder e em muitos casos a irem à falência. Embora, seja possível a existência de firmas assim, dificilmente se tornara a regra.

    Quanto a questões de redistribuição e proteção ambiental, esses objetivos devem ser tratados pelo governo, embora possa ser usado o mercado como uma ferramenta importante, como anteriormente citado as quotas de emissão de carbono negociadas no mercado, não se deve buscar a alteração da mentalidade das firmas, o que justamente as fazem tão eficiente, mas trabalhar com elas.

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  32. Ao longo do texto fica muito claro que o plano em que a transformação tem de acontecer é amplo o bastante para compreender visões de mundo das unidades concentradoras do poder (entre elas empresas e o Estado), a maneira pela qual estas se perpetuam enquanto tais (a questão da reputação), princípios de competição ou cooperação e princípios em tornos dos quais os mercados se estruturam.
    A questão é, portanto, colocar a economia a serviço da sociedade, o que também não se resolve no plano da economia, mas, muito mais, no plano da sociedade, instituições, relações sociais, valores etc.

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  33. Ana Isabella de Oliveira Ribeiro7 de julho de 2014 às 18:17

    O texto apresenta a ideia de Pavan Sukhdev sobre as corporações serem a grande chave para um novo mercado que promova bem-estar social, redução da desigualdade e reparo das destruições já ocorridas. Ele aposta em uma transformação nas organizações empresariais e, sendo isso feito, ele considera que serão responsáveis por influenciar as melhorias que o mundo contemporâneo precisa.

    Em contrapartida, Gerald Davis procura mostrar um enfraquecimento das grandes empresas e sinaliza que as mudanças partirão de iniciativas individuais e de comunidades locais.
    Achei interessante o argumento quanto à expansão da informação em rede, afinal quanto mais conhecimento disseminado, mais ideias surgem, maior a concorrência das pequenas empresas locais frente às grandes e até mesmo maior a cobrança social sobre as corporações.
    Temos uma sociedade cada vez mais capacitada a debater e exigir novas regras para as formas de produção altamente poluentes e também para exigir condições mais justas de vida, com certeza isso representa maior fiscalização das estruturas industriais e também diversos meios novos de produção e geração de empregos.
    Acredito que o principal para o desenvolvimento sustentável é que todo o conhecimento disponível seja compartilhado, precisa existir a cooperação entre os governos e envolvimento da população no assunto. Seja baseado nas transformações corporativas ou nas mudanças econômicas locais, só atingiremos resultados satisfatórios quando os dois caminharem visando objetivos convergentes.

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  34. Gerald Davis acredita que as corporações não serão as organizações estratégicas da vida econômica das próximas décadas e também não serão os vetores fundamentais para uma economia sustentável. Ele justifica isso demonstrando o fracasso das corporações nos últimos 15 anos que respondem por parcela cada vez menor da produção e do emprego e chama atenção para um novo tipo de organização econômica que emergiu do capitalismo corporativo. A base material e tecnológica dessa nova organização esta no potencial das mídias digitais em democratizar a cultura, a produção material e de energia e com isso, segundo Davis poderá contribuir muito mais para guiar a economia para vetores mais sustentável. Concordo com essa afirmação, pois acredito que a tecnologia digital tem hoje um poder enorme de transformação da sociedade e podem influenciar pessoas e países a adotarem uma economia mais verde mudando até mesmo a cultura de gerações.

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  35. O texto relata como a Revolução Tecnologica criada por nós, pode influenciar nas formas de organização social e na ambiental, onde é cada vez mais diminuída a necessidade de uma pessoa física para ajustar e atuar na demanda de trabalho. O que acaba gerando grande desemprego e com isso aumentando as desigualdades sociais. Em meio a esse cenário fica muito complicado de se desenvolver uma forma de empresarial sustentável, esse custo de oportunidade acaba aumentando com o tempo. Porem essa sociedade fica mais informada, mudando a direção de suas escolhas e parâmetros, com isso pode contribuir para uma mudança de rumo nas grandes corporações, como o autor Ricardo Abramovay destaca.

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  36. Devido ao aquecimento global, se faz cada fez mais necessário transformar as corporações em direção aos métodos e aos objetivos apontados nas sugestões recentes de várias consultorias globais. A situação é preocupante, e medidas mais efetivas são fundamentais para reverter esse quadro. Contudo, segundo o texto, tudo indica que o desenvolvimento sustentável vai apoiar-se cada vez mais na iniciativa econômica de indivíduos e comunidades locais com base em meios técnicos à disposição de sua criatividade e de seus talentos. Isso é me deixa preocupado, pois as medidas seriam mais eficazes com a aderência de instituições maiores e mais influentes.

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  37. Nesse texto, Abramovay aponta para a tendência do desenvolvimento sustentável se dá mais fortemente na consciência da população em geral do que nas empresas, visto que ainda é muito duvidosa a participação ecológica incisiva de uma corporação ao invés de uma "interesse duvidoso". O que, em meu ponto de vista ajuda um pouco essa consciência é a integração de diferentes povos, como por exemplo na Copa atual, onde a mídia reprodiu imagens de Japoneses retirando seu lixo do estádio de Futebol. Práticas como essa nos faz refletir como podemos muita coisa com pequenas atitudes. Podemos acreditar que o enfraquecimento das grandes empresas nos últimos anos se dá através do enfraquecimento de oportunidades, talvez por questões climáticas e ambientais, e daí surge o interesse em consciência ambiental por parte de algumas - vale ressaltar que outras ainda insistem em tentar o lucro exageradamente. O texto nos ensina, acima de tudo, uma nova visão sobre a questão ambiental e suas tecnologias, onde as pessoas podem investir na reciclagem, no emprego autônomo, se mostrando cada vez menos dependentes das empresas para um emprego formal.

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  38. Tomando como base os de textos de Pavan Sukhdev, adquiri-se uma primeira noção do escopo de uma empresa nos primórdios da década de 1920: a firma existe exclusivamente para atender aos acionistas. Como explicitado na frase, nenhuma outra atividade que não esteja ligada aos interesses da empresa é cogitada. Nesse contexto se enquadram ações de cunho socioambiental, que podiam ser contestadas legalmente pois não traziam benefícios às atividades da firma. Assim, inicia-se uma comparação com os modelos de empresas do século XXI: em “Corporation 2020”, o autor analisa as estratégias e ações das corporações atuais que se contrapõem as necessidades de uma maior integração entre suas atividades e as responsabilidades socioambientais que se apresentam cada vez mais urgentes. O ponto focal abordado reproduz uma possível estratégia que levaria a mudança ideológica empresarial, para uma nova, na qual pudesse fazer com que os mercados promovessem bem-estar, equidade e regeneração, ao menos parcial, da degradação até então ocorrida. Ao longo do texto de Ricardo Abramovay, são debatidas questões que procuram desvendar o real papel das corporações em relação a constituição de uma economia global sustentável. A questão se move entre outras possibilidades como uma nova economia com descentralização de organizações que também pode justificar a secundarização do papel das corporações em vista de grandes mudanças em um modelo econômico sustentável mundial. Duas ideias são propostas: a participação da sociedade e das empresas ativamente na formação de uma economia muito mais respeitadora de suas obrigações com o meio ambiente e outras culturas. Essa ação, pode ser o início de uma nova era das Corporações.

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  39. O Texto nos chama atenção para qual tipo de corporação teremos no futuro. As corporações vão se adequar as formas de proteção ambiental, pois precisam frear os danos causados e precisam de pessoas para o funcionamento delas mesmo. Segundo o artigo a marca do capitalismo americano hoje é o declínio e não o fortalecimento das organizações, e nos mostra que um novo tipo de corporação está emergindo e que mudará drasticamente o modelo econômico das empresas atuais.

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  40. O texto mostra que num futuro não tão distante, poderá haver um sistema econômico sem corporações, mas sim, com iniciativas econômicas individuais e de comunidades locais. Acredito que essa mudança futura é difícil, mas não impossível, já que o pensamento individualista do homem precisaria mudar. Para que a partilha e a cooperação social citadas no texto pudessem acontecer de fato, seria necessário não só os avanços tecnológicos como o texto relata, mas uma mudança do sistema social e uma mudança do que é prioridade hoje para a economia.

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  41. O texto nos mostra a incompatibilidade entre o modo de funcionamento das empresas atuais e a e o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades que a sociedade busca.
    O capitalismo americano dos dias de hoje é o declínio e não o fortalecimento das corporações. Diz o autor. Nos últimos 15 anos, a quantidade de empresas com ações em bolsa nos Estados caiu pela metade. Um novo tipo de organização econômica emerge após o capitalismo corporativo que marcou o século XX. O potencial das mídias digitais pode democratizar a própria produção material e de energia. “Soluções locais para produzir, distribuir e partilhar podem oferecer alternativas funcionais às corporações tanto para a produção como para o emprego” dia o autor.

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  42. O texto retrata a decadência do capitalismo americano, mas não quer dizer que isso é o fim, pois se o capitalismo adequar-se a modernidade poderá reestruturar-se e caminho mais curto é se aliar a sustentabilidade, assim dará espaço a inovações tecnológicas, gerando muito mais lucro, visando tanto o bem das empresas como o bem estar social.

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  43. O texto escrito por Ricardo Abramovay demonstra o declínio das corporações típicas capitalistas que visam exclusivamente atender aos acionistas em contraste com as necessidades atuais de responsabilidade socioambiental e economia sustentável, revelando a incompatibilidade com a sociedade atual. Segundo Gerald Davis, um novo tipo de organização econômica está emergindo com novas tecnologias digitais, como internet e impressora digital 3D, havendo democratização e cooperação social direta. Isto mostra que estruturas rígidas de poder centralizado estão sendo trocadas por estruturas descentralizadas de base tecnológica que são mais compatíveis com as constantes mudanças e ao mundo globalizado. Entretanto, sob minha ótica, ainda somos dependentes de oligopólios empresariais que dominam a produção de inúmeros bens e serviços, sendo evidente que a missão, visão e valores destas empresas estão sendo alterados, isto é, estão buscando atender aos desejos de seus consumidores, como bem-estar do consumidor, responsabilidade socioambiental, e muitos outros. A disseminação da informação com a internet faz com que estas organizações perceber o que o seus diferentes consumidores pensam, buscam e desejam para possam se preparar e oferecer bens e serviços baseados nestas informações. Torço para que no futuro, estas organizações progridam e enxerguem a necessidade de preservarmos o nosso meio ambiente, de lutarmos por um mundo em que haja equilíbrio social e ambiental e atendam as nossas demandas com a utilização sustentável dos recursos.

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  44. Vemos a ascenção do capitalismo ditando todas as regras da sociedade atual. Vemos no capitalismo o fomento ao consumo e aumento do padrão social visando uma ascensão de riqueza e prosperidade em termos financeiros.
    Verifica-se que o capitalismo dá a idéia de progresso tecnológico para que os processos sejam mais rápidos e evite-se o disperdício, principalmente de tempo. Além deste fato, o capitalismo abre espaço também para o empreendedorismo, onde a pessoa pode empreender em seu dom e ser autônomo, não necessáriamente visando estar dentro de uma grande corporação para que seja de fato empregado.
    As grandes empresas são as maiores responsáveis pelo crescimento não-sustentável, e vê-se nessa nova abertura do capitalismo a possibilidade de o crescimento sustentável ser mais presente na sociedade.

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  45. Esse texto nos leva por um caminho de reflexão interessante sobre o rumo da economia mundial e seus alicerces.

    Antes apoiados pelo capitalismo corporativo, no qual o foco principal era o crescimentos dessas empresas e o benefício de seus acionistas, podemos ver e sentir em nosso dia-a-dia as mudanças claras pelas quais o esse modelo econômico está passando, as empresas, mesmo as grandes corporações, estão cada vez mais focadas no bem estar de todos os seus funcionários, fato esse impulsionado por uma mudança cultural que fez com que parte cada vez mais significativa do empregados (agora chamados de colaboradores) não quisessem apenas o dinheiro para as suas necessidades básicas e seu conforto, uma aposentadoria para a sua segurança, mas que buscasse outras instâncias da pirâmide de Maslow, querendo ser cada vez mais valorizado pela empresa, pelos que o cercam e pela sociedade.

    Essa evolução também pode ser observada através do crescimento do empreendedorismo, que é motivado, além dessa evolução da necessidade da sociedade, pela grande criatividade que vem sido demonstrada pela população. Vive-se em uma época na qual a informação é de fácil acesso aos indivíduos, o que facilita a troca de idéias e discussões o que as tornam mais maduras e diversificadas. Além da diversificação e qualidade das idéias que através do avanço tecnológico se tornam cada vez aplicáveis, fato esse que resultou na criação de novos produtos e novas necessidades o que impulsiona também a descentralização das propriedades intelectuais de bens produzidos para a sociedade.

    Essa mudança nos mostra um processo evolutivo que caminha em conjunto com à evolução social no que se refere a maior preocupação com um desenvolvimento sustentável, que acaba forçando uma evolução em outros aspectos, como uma maior preocupação com o cenário político de sua nação e do mundo, visto que através de decisões sensatas nessa esfera pode-se acelerar ainda mais esse processo de desenvolvimento, a preservação dos recursos e a qualidade de vida dos outros indivíduos.

    Esses conceitos podem até parecer utópicos, mas a sociedade caminha em direção a eles e a descentralização dos recursos antes pertencentes as grandes corporações é um sinal em conjunto com as mudanças sociais que podem ser observadas no decorrer do século XXI que este caminho está sendo seguido.

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